Analise econômica do emprego de fertilizantes nas culturas de milho e soja, numa região de cerrado no Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Tarsitano, Maria Aparecida Anselmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220208-024551/
Resumo: Existe no País uma série de pesquisas agronômicas que até hoje não foram interpretadas em termos de recomendações econômicas a nível de produtor. Em parte isto ocorre devido à falta de conhecimentos de técnicas que devam ser aplicadas para transformar os resultados de ensaios de adubação em recomendações apoiadas em princípios econômicos. Em consequência da importância de se realizarem análises agroeconômicas nos experimentos de adubação resolveu-se, no presente trabalho, discutir alguns critérios que deveriam ser levados em consideração na implantação dos ensaios de adubação a fim de se determinar um ótimo econômico de produção, a partir de dosagens ótimas de fertilizantes, dada uma relação de preços. A seguir efetuou-se análises agroeconômicas em 2 experimentos de milho e soja em ''solos de cerrado'' considerando: níveis de adubação (0, 40, 80, 120 ou 160 kg/ha de P2O5 na soja e 20, 80 ou 140 kg/ha de N ou K2O e 30, 100 ou 170 kg/ha de P2O5 no milho) e diferentes espaçamentos (35, 40 ou 50 cm entre linhas) na soja. Foram estimadas funções de produção quadrática, raiz quadrada e Mitscherlich e de acordo com as funções estimadas, determinadas as quantidades ótimas de nutrientes para diferentes relações de preços. As principais conclusões do estudo são: 1) Ao planejar experimentos de adubação, os pesquisadores devem se preocupar com a análise química do solo, com o tipo de delineamento experimental a ser utilizado e procurar repetir os experimentos em mais de um local durante vários anos; 2) Os intervalos de confiança para as doses econômicas dos nutrientes, com base na Variância Assintótica e no Teorema de Fieller na maioria dos casos foram bem discrepantes; 3) A amplitude dos intervalos de confiança baseados na Variância Assintótica e no Teorema de Fieller, para todos os nutrientes, foi bem menor para o modelo raiz quadrada; 4) Comparando as quantidades ótimas econômicas de N, P e K obtidas com as estimativas das superfícies de produção quadrática, com as obtidas quando se ajustou uma função de produção quadrática para cada nutriente, verifica-se que os resultados são bastante diferentes. Isto se deve aos efeitos de interação entre os nutrientes. Entretanto, devido à grande amplitude dos intervalos de confiança, constata-se que aqueles resultados não são, em geral, estatisticamente diferentes; 5) Ao compararmos as quantidades ótimas econômicas de fósforo, obtidas com as estimativas das superfícies de produção quadrática, com as estimativas quadráticas obtidas separadamente para o nutriente, verifica-se que os resultados foram semelhantes para a cultura da soja; 6) Os espaçamentos ótimos encontrados para a soja alcançaram valores além dos limites usados no experimento. Sugere-se, deste modo, a montagem de novos experimentos usando-se espaçamentos maiores entre linhas, a fim de verificar se estes resultados são ou não confirmados; 7) A má qualidade dos ajustamentos obtidos não permitiu indicar doses economicamente ótimas confiáveis para todos os nutrientes nas culturas de milho e soja.