Territorialidades amefricanas e estados nacionais no Brasil e Colômbia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Isoldi, Isabel Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-09092022-155232/
Resumo: No processo de constituição dos países latino-americanos, diversas comunidades negras se formaram e se mantiveram no contexto de exploração do trabalho e desigual apropriação da terra, em movimentos de resistência, adaptação e produção de territorialidades próprias. Tais comunidades foram consideradas inimigas e ameaças à ordem vigente ao se conformarem como contra hegemonia do uso capitalista do território. No entanto, as formas de resistência foram e seguem sendo constantes, através da participação política, adaptações, revoltas e formação de territorialidades próprias, aqui chamadas de amefricanas como referência à conceituação proposta por Lélia Gonzalez acerca das culturas formadas na diáspora negra atlântica. Após as abolições, ficaram em uma condição de invisibilidade jurídica e, a partir do último quartel do século XX, obtiveram, perante aos textos constitucionais, o reconhecimento enquanto cidadãos com direitos territoriais acessíveis mediante a confirmação de uma identidade étnica específica. A pesquisa trata do longo embate entre territorialidades amefricanas e os constantes enfrentamentos com a lógica espacial reproduzida pela territorialidade hegemonizante do Estado Nacional, em especial no Brasil e na Colômbia, tendo por objetivo analisar as origens históricas da formação de distintas visões de mundo em conflito, as práticas contra-hegemônicas que permitem a continuidade da existência de grupos subalternizados, bem como apontar possibilidades de aprendizados para um outro mundo possível.