Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Parra, Lucia Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-23102023-162924/
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Resumo: |
Este trabalho trata do antigo acervo da Biblioteca do educador libertário João de Camargo Penteado (1877-1965), aqui analisado a partir dos acervos presentes atualmente no Centro de Memória da Educação da USP e da Unidade Especial de Informação e Memória da UFSCar. João Penteado foi diretor da Escola Moderna n.1, fundada em 1912 e fechada em 1919, pela Diretoria de Instrução Pública de São Paulo. A Escola Moderna n. 1 de São Paulo, inspirava-se, principalmente, na Escola Moderna de Barcelona, fundada por Francisco Ferrer y Guardia (1859-1909), adotando o ensino racionalista. Após o fechamento da Escola Moderna n. 1, de São Paulo, João Penteado abriu outras escolas: Escola Nova (1920-1923), Academia de Comércio Saldanha Marinho (1924-1943), Escola Técnica de Comércio Saldanha Marinho (1944-1947) e Ginásio e Escola Técnica Saldanha Marinho (1948-1961). Estas escolas, embora não fossem libertárias, adotaram algumas das práticas da Escola Moderna, como a publicação do jornal O Início, redigido pelos alunos. A biblioteca escolar, formada na Escola Moderna n.1, também continuou sendo usada por professores e alunos das demais instituições escolares. Em 1924, o Grêmio Escolar Euclides da Cunha, formado por alunos da Academia de Comércio Saldanha Marinho passou a organizar a biblioteca escolar, em um exercício de autogestão, prática valorizada pelos anarquistas. O acervo da biblioteca escolar, se confundia com os livros pessoais de João Penteado que fez inúmeras doações à biblioteca de suas escolas. A pesquisa identificou os principais autores, temáticas e idiomas dos livros do acervo. A biblioteca era composta por uma parcela considerável de livros didáticos, voltados para o ensino ministrado nas escolas, mas também por obras literárias e livros das mais diversas temáticas como anarquismo, naturalismo e espiritualismo. Alguns dos autores mais presentes no acervo são Leon Tolstoi (1828-1910), Fialho de Almeida (1857-1911), Maria Lacerda de Moura (1887-1945) e Afonso Schmidt (1890-1964). Alguns dos títulos do acervo foram considerados subversivos, como podemos constatar em listas de livros apreendidos pelo DEOPS de São Paulo. João Penteado, ao longo de sua vida, continuou publicando na imprensa anarquista e atuante no Centro de Cultura Social. |