De sopros e tubos: instrumentos de vento nas terras baixas da América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bertolin, Gabriel Garcêz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-14072023-115849/
Resumo: Entre as distintas classes organológicas, existe, entre os povos indígenas das terras baixas sul-americanas, um predomínio dos aerofones, instrumentos musicais cujo som é resultado do ato de fazer vibrar o ar, principalmente a partir do sopro. Essa tese parte da posição central ocupada por estes instrumentos de vento para pensar, sobretudo, as transformações reveladas a partir de seu sopro em grandes festas coletivas. Os efeitos transformativos de trompetes, flautas e clarinetas sopradas entre diferentes povos são muito diversos, entre eles é possível notar a fabricação do corpo de jovens iniciados, a produção de coletivos, a diluição das fronteiras entre humanos, animais e espíritos e a ativação de qualidades específicas das relações de gênero, principalmente, neste último caso, quando se está diante diante de instrumentos de vento proibidos à visão feminina. A partir de uma análise comparativa baseada em diferentes descrições etnográficas sobre os aerofones busca-se compreender três aspectos que envolvem estes instrumentos tubulares: sua qualidade material, com atenção especial para a sua duração no tempo, seu som, tanto em termos acústico como também comunicativos, e as relações de gênero ativadas a partir de seu sopro.