José Rodrigues Miguéis e a disrupção do eu-narrador em Páscoa Feliz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Aragão Filho, Humberto Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-29122022-182507/
Resumo: Esta dissertação desenvolve uma leitura do livro Páscoa Feliz, de José Rodrigues Miguéis, considerado um romance afinado com o psicologismo e o introspectivismo presencistas. O conteúdo da obra sinaliza a crítica sublinear feita pelo autor ao contexto sócio-político de Portugal, à época em que a mesma foi escrita, o que lhe acrescenta resíduos de um Neo-Realismo embrionário, presentes na linguagem e no estilo literário. A análise situa o narrador-personagem como alternante e máscara da voz autoral e procura estabelecer um liame, em termos simbólico e prospectivo, entre o seu drama existencial de dimensões conflitantes e a vida do próprio autor, dicotomizada pela distância da pátria portuguesa. Narrado em primeira pessoa, o elemento poético se insinua na narrativa, onde o narrador-personagem, ao revelar o seu universo existencial, traz para o romance as pessoas com as quais convive e, ao revelar-se, desdobra em imagens seqüenciadas os seus apelos líricos