Identidade(s) em trânsito: uma esquizoanálise do personagem narrador em Acenos e Afagos de João Gilberto Noll

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Bia Crispim de
Orientador(a): Barbosa, Marcio Venicio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49953
Resumo: Tendo como corpus principal o romance Acenos e afagos (2008) do escritor portalegrense João Gilberto Noll, o presente trabalho tem por objetivo principal fazer uma análise sobre a construção do narrador personagem e consequentemente da narrativa moderna e contemporânea aproximando-os à teoria do neobarroco de Severo Sarduy (1979), Este trabalho dar-se-á, tendo como suporte a esquizoanálise proposta por Deleuze e Guattari (2014) e outros referenciais como o “corpo sem órgãos” de Artaud – filtrado pelos estudos de Deleuze e Guattari (2014/2015), a desterritorialização, o devir, e o rizoma, a partir dos estudos da mesma dupla de filósofos (2014/2015/2017), assim como também os conceitos de barroco e de compossibilidade deleuzianos (2015). Após a introdução, o capítulo 2 apresentará um panorama breve sobre o romance moderno e contemporâneo e o papel do narrador nesse romance. No capítulo 3, trataremos do romance barroco e seus artifícios, além de fazer a aproximação entre os conceitos supracitados que ajudam a estudar a narrativa moderna e contemporânea apresentando uma pequena amostra de obras de outros autores, a saber: Cobra (1975) de Severo Sarduy, Nossa Senhora das flores (1983) de Jean Genet e Orlando (1986) de Virginia Woolf, cujos narradores personagens, personagens e/ou narrativas em trânsito, já se situam dentro de uma perspectiva do romance moderno e contemporâneo, cujas características rizomáticas, em que as compossibilidades nas quais são concebidos, se dão, o que os apontam para a escritura barroca. No capítulo 4, apresentaremos uma análise concisa sobre a escrita ficcional de Noll e sua fortuna crítica, em que será feito um percurso sobre outras obras de Noll, analisando aspectos da composição narrativa e de personagens nollianos, a saber: O cego e a dançarina (2008), A fúria do corpo (2008), Hotel Atrlântico (1990), Lorde (2004), e A céu aberto (2008). O estudo, aqui, concentra-se no trânsito identitário dos narradores personagens e/ou personagens de tais obras e como a fortuna crítica colabora para entendermos melhor a escritura de Noll. Em seguida, o capítulo 5, está destinado à análise exclusiva da transitoriedade das identidades do narrador personagem da obra Acenos e afagos (2008), tomando como ponto de partida os conceitos já mencionados. Esse trabalho tem como objetivo secundário desenvolver ferramentas de análise para as narrativas da modernidade e pósmodernidade que carregam em suas estruturas novas formas de “organização” e concepção, construídas dentro de um processo barroco de mutações, fluxos, instabilidades, rupturas, intensidades e transitoriedades.