Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jean José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-14042020-082557/
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Resumo: |
Caminhar carregando uma carga assimetricamente exige dos sistemas de controle motor mudanças para promover ajustes necessários e garantir o sucesso na execução da tarefa. O desafio se torna maior quando a travessia ocorre em terreno irregular, como a presença de um degrau. Nesse contexto, a restrição dos movimentos dos braços produz alterações nos padrões de coordenação dos membros superiores e a presença da carga suscita ajustes nos segmentos corporais para compensar a carga adicional e garantir a estabilidade do corpo. Destarte, este trabalho propôs investigar os efeitos do transporte de carga assimétrico usando diferentes tipos de bolsa com as mãos dominantes e não dominantes na coordenação dos membros superiores, adaptações de movimento global e local e controle da estabilidade do corpo ao descer um degrau. Participaram deste trabalho dezessete adultos jovens (Estudo 1) e quatorze idosos (Estudo 2) que realizaram a tarefa de caminhar e descer um degrau de 0,16 m enquanto carregavam sacolas com 7% da massa corporal. As condições experimentais foram andar sem a sacola, carregando-a (com e sem alça) usando a mão dominante e não dominante. Foram coletados dados cinemáticos através do sistema Vicon, com base do modelo Plug-in-Gait Full Body e calculadas as variáveis de negociação com degrau, centro de massa (COM) e margem de estabilidade dinâmica (MED, Estudo 2), além de identificar os modos de coordenação entre os ombros. Os resultados mostraram em ambos os grupos etários que a presença da carga acarretou numa redução do padrão fora de fase e aumento do padrão de ombro direito e esquerdo quando carregando a sacola do lado não dominante e dominante, respectivamente. Esse resultado mostra que o lado que carregava a carga praticamente não se movimentou para frente e para trás como é típico do andar. Mesmo diante dessas alterações, os adultos jovens não alteraram os ajustes na negociação com o degrau enquanto os idosos exibiram pequenos ajustes na distância vertical da perna de suporte e na colocação do pé após o degrau quando carregavam a carga na mão dominante. No controle do COM, a carga influenciou a amplitude médio-lateral no grupo mais jovem e na altura e velocidade vertical dos idosos no momento da descida. A análise da MED (Estudo 2) apontou para o sentido anteroposterior valores negativos, embora sem efeito da carga, indicando instabilidade. Porém, para a MED médio-lateral, os valores foram sempre positivos e os idosos apresentaram maior MED no passo quando a carga se encontrava ipsilateralmente ao pé que tocava o solo. Esses resultados mostram similaridades na coordenação dos ombros de jovens e idosos ao conduzir a carga, porém efeitos díspares na negociação com o degrau e no controle da estabilidade corporal. |