Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campoi, Eduardo Guirado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17164/tde-10042023-095247/
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Resumo: |
O envelhecimento ocasiona um declínio nos diversos sistemas do corpo, como os neurais e musculares, levando a alterações funcionais que afetam a execução de tarefas motoras. Além disso, os idosos apresentam adaptações diante de tarefas motoras mais complexas, como atividades de dupla tarefa, podendo apresentar estratégias compensatórias no movimento de alcançar e pegar. O objetivo geral deste estudo é investigar a ação de alcançar e pegar um objeto com diferentes níveis de dificuldade em diferentes contextos de demanda postural (sentado, em pé e caminhando) em idosos e jovens e avaliar a estabilidade postural durante a ação de alcançar e pegar um objeto. Participaram deste estudo 30 participantes, sendo 15 idosos e 15 jovens. Foram colocados marcadores retrorrefletivos passivos sobre a pele dos participantes para o cálculo do centro de massa e das variáveis de preensão. Os participantes realizaram três tarefas: andar, posição em pé e sentado. Nessas três tarefas, os participantes alcançaram e pegaram um objeto em duas condições diferentes: com e sem a presença de obstáculos próximos ao objeto. As variáveis de alcance analisadas foram: duração do movimento, pico de velocidade do punho e tempo de ocorrência do pico de velocidade do punho. As variáveis de pegar analisadas foram: pico de abertura máxima entre os dedos, tempo de ocorrência da abertura máxima entre os dedos e velocidade máxima de abertura entre os dedos. Para as tarefas caminhando e em pé foram calculadas a margem de estabilidade nas direções anteroposterior (AP) e mediolateral (ML) e os parâmetros espaço-temporais da marcha (duração do duplo suporte e velocidade média). Testes estatísticos foram usados para avaliar o efeito de grupos, condições de obstáculo e tarefas (p≤0,05). O movimento de alcançar foi mais lento na tarefa andando e com a presença de obstáculo. Contudo, não houve diferença entre os grupos. Para o movimento de pegar, os idosos apresentaram maior abertura dos dedos e esse pico ocorreu mais cedo durante o transporte da mão nas tarefas parado e sentado. Na tarefa em pé, a margem de estabilidade foi menor para os idosos, enquanto na tarefa andando não houve diferença entre os grupos. Os idosos tiveram maior duração do duplo-suporte, que foi mais evidente com a presença de obstáculo. Ao pegar o objeto na presença de obstáculos, a velocidade do caminhar diminuiu e a margem de estabilidade aumentou para os dois grupos. Dessa forma, concluímos que os idosos não diferem dos jovens no movimento de alcançar. Contudo, os idosos tiveram uma preensão mais cautelosa nas diferentes tarefas, com maior abertura dos dedos e com maior tempo para possíveis correções. Na postura em pé, os idosos apresentaram uma piora no controle da estabilidade dos idosos. Porém, ao caminhar, a presença de obstáculos fez com que os participantes aumentassem a duração do duplo suporte e reduzissem a velocidade média da marcha, para que assim eles conseguissem aumentar a margem de estabilidade de forma a facilitar a execução da tarefa manual. |