Efeito da tarefa cognitiva no andar de adultos jovens quando evitando pisar em um obstáculo e pisando em um alvo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Andréia Abud da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-05082024-131629/
Resumo: Durante a locomoção, respondemos a mudanças ambientais e de tarefas ajustando o comprimento e a largura dos passos. Diferentes protocolos das tarefas de pisar em um alvo e de evitar pisar em um obstáculo demonstraram o envolvimento de vias corticais e subcorticais. A inserção de uma tarefa cognitiva concomitante pode afetar de diferentes maneiras essas tarefas motoras, de acordo com a via utilizada. Por isso, investigamos o ajuste realizado nas tarefas de pisar em um alvo e de evitar pisar em um obstáculo em adultos jovens e analisamos o efeito de uma tarefa cognitiva sobre esses ajustes. Vinte adultos jovens realizaram, durante a caminhada, um bloco da tarefa de pisar em um alvo e um bloco da tarefa de evitar pisar em um obstáculo. Ambas as tarefas motoras foram realizadas com e sem a tarefa cognitiva, com o alvo/obstáculo mudando a posição para as direções anterior, posterior, lateral ou medial. A tarefa cognitiva usada foi a tarefa de monitoramento de dígitos, que consistia em memorizar quantas vezes um número-alvo previamente estipulado aparecia em uma sequência numérica que os participantes ouviam enquanto realizavam a tarefa motora. Calculamos as taxas de erro nas tarefas motoras e cognitiva, latência, velocidade do passo e a variabilidade da orientação do pé. Particularmente na tarefa de evitar pisar em um obstáculo, calculamos também a porcentagem de ajuste de escolha e a distância percorrida pelo pé. Observou-se que a velocidade do passo diminui na presença da tarefa cognitiva. A tarefa de pisar em um alvo apresentou maiores taxas de erros motores e cognitivos em relação à tarefa de evitar pisar em um obstáculo, bem como menores latências nos ajustes médio-laterais. Os ajustes feitos no plano frontal mostraram também uma maior variabilidade da orientação do pé quando comparados aos ajustes anteroposteriores. Os resultados sugerem que a tarefa de pisar em um alvo pode ser controlada por uma das duas vias neurais de ajuste rápido, já que a latência nos ajustes médio-laterais foi de 150 ms, enquanto que a tarefa de evitar pisar em um obstáculo apresenta latência de 200 ms e deve ser modulada pela via cortical utilizada para ajustes lentos.