Temporalidades e espacialidades do comum: um estudo de práticas em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Linhares, Mirna Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-24062022-114035/
Resumo: A dimensão político-ideológica neoliberal globalizada tem influenciado as dimensões sociais e urbanas direcionando a mercantilização da vida, ao desconsiderar qualquer movimentação que não tem por fim se moldar à lógica financeira. Nesse sentido, busca-se tratar do comum. Um conceito que se define por recursos coletivos ou práticas sociais compartilhadas e se insere na composição das resistências urbanas da produção social contemporânea. O objetivo central é construir um panorama teórico elucidado por uma gama de práticas do comum, no qual se incluem as práticas autodenominadas e as não diretamente relacionadas ao termo, porém, condizentes a ele, dando ênfase às plataformas digitais para participação cívica de enfrentamento ao Covid-19. Essas plataformas criam espaços democráticos para resolução de problemas coletivos e geram novos sistemas de troca. Assim, a principal prática abordada nesta pesquisa foi a Plataforma Aberta de Ciência e Participação Cidadã CO-LAB São Carlos. Estando a pesquisadora inserida no processo de sua construção, a dissertação utilizou-se do método de pesquisa-ação. E, assim, foi capaz de recuperar a origem do conceito e sistematizá-lo por meio da articulação entre as similaridades de abordagem de cada autor. Foi possível realçar as tensões e translações latino-americanas, mediante o confrontamento do comum com o conceito do bem viver e das lutas dos movimentos urbanos no Brasil. Por fim, foi possível entender que as práticas do comum no meio digital geram impactos diretos nos nossos modelos de gestão das cidades. No entanto, os poderes de alcance das plataformas digitais para participação cívica, bem como das práticas do comum no espaço urbano, limitam-se às ações locais e necessitam de alianças institucionais para alcançar um patamar efetivo de envolvimento do público em direção a uma mudança estrutural.