Labor problems in the age of digital platforms: an institutionalist inquiry

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jeronimo, Rodrigo Constantino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236497
Resumo: O objetivo desta tese é propor uma abordagem institucionalista aos problemas contemporâneos do mundo do trabalho em um contexto de avanço da chamada “plataformização”, em que trabalhadores se submetem à gestão algorítmica de suas atividades em ocupações intermitentes e sem vínculo empregatício, tendo as plataformas digitais como as going concerns responsáveis pela sua exploração. Ao adotar a teoria transacional de John R. Commons e sua leitura sobre os efeitos deletérios do avanço desregulado do capitalismo sobre a organização dos trabalhadores nos estágios iniciais do sistema moderno, a investigação das plataformas digitais concentra-se na análise dos conflitos de interesse entre capital e trabalho e na forma como a ação coletiva, atuando no controle do comportamento individual, atua na legitimação das práticas correntes do mundo digital. Formal ou informal, o trabalho em plataformas apresenta os elementos transacionais de barganha, gerenciamento e distribuição, ao mesmo tempo em que acentua a disparidade de poderes econômicos entre trabalhadores e os “apps”, resultando assim em transações não razoáveis, aqui consideradas como os problemas do trabalho na era digital. Buscando compreender as vicissitudes da atividade de motoristas de aplicativo, a principal atividade do gênero no Brasil, apresenta-se uma análise de microdados e entrevistas semi-estruturada com lideranças de associações de trabalhadores, permitindo, ao final, a exposição de uma periodização dessa atividade no país a partir dos principais conflitos entre trabalhadores, plataformas e o Estado. Conclui-se que, embora a organização de trabalhadores possa ser capturada por elementos ideológicos de autonomia do trabalho, e mesmo havendo barreiras à representação desse grupo heterogêneo sob efeito da crise econômica e da precarização, tais trabalhadores se organizam em face aos conflitos e atuam na busca de transações razoáveis com plataformas e o Estado no exercício de suas atividades diárias.