Gestantes com sífilis: características epidemiológicas, fatores associados e sistemas de vigilância, regiões de Botucatu, Piracicaba e Sorocaba - SP, 2007 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ruberti, Joelma Alexandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-05052021-083334/
Resumo: INTRODUÇÃO: A transmissão vertical da sífilis pode ocasionar perdas gestacionais e doença congênita. Ocorre quando a sífilis materna não é diagnosticada ou tratada adequadamente. OBJETIVOS: Analisar as características de gestantes com sífilis tendo seus conceptos nascidos vivos, com ou sem sífilis congênita, investigar fatores associados à ocorrência de sífilis congênita e avaliar alguns indicadores de desempenho no sistema de vigilância na sífilis. MÉTODOS: Estudo descritivo e analítico com corte transversal, constituído por 540 gestantes com sífilis notificadas ao Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE) no período de 2007 a 2010. Base de Dados: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). A investigação da relação entre a ocorrência de sífilis congênita entre as gestantes com sífilis e as possíveis variáveis explicativas foi realizada por regressão logística não condicional. Os sistemas de vigilância da sífilis gestante e congênita foram avaliados com base nos indicadores: utilidade, simplicidade, aceitabilidade, oportunidade e sensibilidade. RESULTADOS: Das 540 gestantes com sífilis, 115 (21,3%) tiveram seus filhos com sífilis congênita, 276 (51,1%) tinham entre 20 e 29 anos, 284 (52,2%), até oito anos de estudo, 342 (75,5%) eram solteiras e 342 (73,4%), donas de casa. As variáveis associadas à ocorrência de sífilis congênita foram notificações não realizadas pela atenção básica (OR de 5,83), realização de 1 a 3 consultas de pré-natal (OR de 2,56), residir em um município com valores mais baixos do Índice de Desenvolvimento Humano (OR de 2,98) e ser solteira (OR de 1,85). Na avaliação do Sistema de Vigilância, a magnitude dos eventos não tem sido estimada adequadamente, os sistemas são simples, têm baixa aceitabilidade, grande quantidade de informações ignoradas e não preenchidas, têm baixa sensibilidade e o diagnóstico de parte importante da sífilis gestante é realizado em momento não oportuno. CONCLUSÕES: O perfil encontrado nas gestantes com sífilis caracterizou-se como sendo de mulheres jovens, com baixa escolaridade, solteiras e donas de casa. A variável mais fortemente associada com a ocorrência de sífilis congênita, entre as gestantes com sífilis, foi a notificação não ter sido realizada pela atenção básica. A avaliação do Sistema de Vigilância mostrou que seus objetivos não foram atingidos.