Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Anelisa Soares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157351
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Resumo: |
A sífilis é doença causada pelo Treponema pallidium e transmitida por via sexual, hematogênica ou vertical. Sua forma congênita ocorre quando a gestante com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente transmite a doença para o recém-nascido. Tem-se por objetivo investigar a ocorrência e a influência de fatores maternos e relativos ao pré-natal sobre a sífilis congênita. Trata-se de estudo de coorte retrospectiva, formada por 158 casos de sífilis em gestantes notificados no período de 2013 a 2015, com seguimento realizado pelo Programa de DST/Aids de município de médio porte do interior paulista. A análise estatística foi realizada descritivamente e por regressão logística múltipla, sendo considerado p crítico <0,05. A maior parte das gestantes notificadas em decorrência da sífilis era branca, tinha nove ou mais anos de escolaridade e trabalho não remunerado; quase a totalidade havia feito pré-natal (96,8%). Do total de gestantes incluídas na coorte, 74 (46,8%) tiveram recém-nascido classificado com sífilis. A análise univariada evidenciou que a chance de sífilis congênita foi menor entre as mulheres com maior escolaridade, maior número de consultas e realização de acompanhamento pré-natal em Unidade de Saúde da Família e foi maior quanto maior a idade gestacional no início do tratamento e quanto maior a titulação do exame não treponêmico materno (p<0,20). Essas variáveis foram incluídas em modelo de regressão logística final, que evidenciou ser o número de consultas pré-natais o único fator independentemente associado à ocorrência de sífilis congênita, sendo menor a chance com o aumento no número de consultas: p=0,013, OR=0,87, IC95%=0,79-0,97. No conjunto de gestantes com sífilis ocorreram 12 (7,6%) desfechos negativos, considerando-se abortamento, natimorto e óbito neonatal. Na definição dos casos de sífilis congênita, falhas no tratamento do parceiro e da mãe foram as justificativas mais frequentes. Dos 74 recém-nascidos com sífilis congênita, 33 (44,6%) apresentaram intercorrência ao nascer. Conclui-se que para redução da sífilis congênita no município deste estudo, ações deverão ser implementadas para qualificação da assistência pré-natal, tanto no que diz respeito à garantia de consulta para seguimento pré-natal e desenvolvimento de ações de educação em saúde voltadas à adesão a esse seguimento quanto em relação ao adequado tratamento das gestantes com sífilis e suas parcerias. Em consonância com essas ações, como produto desta dissertação, mediante aprovação da coordenação do Programa Municipal de DST/aids, foram realizadas adequações no Instrumento de Acompanhamento da Sífilis: Gestantes, Puérperas, Parcerias e Bebês Expostos e sua divulgação para utilização no Departamento Regional de Saúde VI, com a finalidade de contribuir com as ações de vigilância em saúde e redução dos casos de sífilis congênita. |