Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Hooshmand, Mojgan Sabeti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-07032006-125309/
|
Resumo: |
Este estudo, de natureza qualitativa, buscou apreender o sentido da arte de partejar para cinco parteiras tradicionais que atuaram, ou ainda atuam, no distrito de Regência, ES, como a única possibilidade de assistência ao parto na região. Ao longo deste trabalho, buscou-se uma fundamentação teórica sobre o tema e que permitiu reconhecer, na história da parturição, até meados do século XX, que foram as parteiras quem sempre fizeram o parto e auxiliaram as mulheres em doenças especificamente femininas. Mesmo nos dias atuais, em regiões afastadas dos grandes centros e em zonas rurais, as parteiras continuam constituindo a única fonte da população para resolver seus problemas de saúde, especialmente na assistência do parto, realidade também constatada no presente estudo.A entrevista semi-estruturada foi utilizada como instrumento para coleta de dados. Histórias de vida oral temática foram obtidas, mediante os relatos das entrevistadas, os quais foram gravados em fitas cassete e transcritos, para desenvolvimento da análise de conteúdo. Todas as parteiras entrevistadas são pessoas simples, com nenhum ou pouco estudo e que, apesar de viverem com poucos recursos, orgulham-se de nada cobrarem pelos serviços prestados, aceitando somente alguns presentes, muitas dependendo da ajuda dos filhos para sua sobrevivência. A análise da trajetória dos sujeitos da população de estudo revelou que o ofício de parteira tem o sentido de missão de vida, decorrente do dom de que são portadores, dom este descoberto diante do inesperado, de uma demanda concreta, e que se desenvolve pela própria experiência, a serviço da coletividade, muitas vezes, sem nenhuma estrutura de apoio do sistema oficial de saúde. Diante dessa constatação, fica evidente a necessidade de uma articulação efetiva entre as parteiras e o sistema de saúde da região, visando a uma assistência de melhor qualidade à população local, respeitados os princípios do SUS. |