Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Frota, Norberto Anizio Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-23032011-184543/
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Resumo: |
Introdução: A doença de Wilson (DW) é uma doença genética rara, sistêmica, causada por déficit no metabolismo do cobre, levando a acúmulo em diversos órgãos, incluindo o cérebro, especialmente os núcleos da base. Apesar de distonia e disartria serem as alterações neurológicas mais comuns, alterações cognitivas, incluindo demência, podem surgir em casos não tratados. Objetivos: Avaliar as funções cognitivas de um grupo de pacientes com DW e correlacionar com os achados de RM e SPECT. Métodos: Todos os pacientes com DW atendidos consecutivamente em uma clínica de distúrbios do movimento, entre outubro de 2006 e agosto de 2007, foram submetidos ao Miniexame do Estado Mental (MEEM), Bateria Cognitiva Breve (BCB), teste de fluência verbal (animais, FAS e verbos), Bateria de Avaliação Frontal (BAF), STROOP, Extensão de Dígitos (ED) ordem direta e ordem inversa, Escala de Demência de Mattis (DRS), Teste de Seleção de Cartas de Wisconsin (WCST), Hooper e Blocos do WAIS. Depois dos testes, todos os pacientes realizaram RM e SPECT. Alterações de RM (hipersinal, hiposinal e atrofia) foram quantificadas em uma escala (0-17). O SPECT foi analisado por meio de SPM. Pacientes com depressão ou com anartria foram excluídos. Os resultados foram comparados com o desempenho de um grupo de voluntários sadios. Resultados: 20 pacientes com DW (11 homens) e 20 controles (9 homens) foram avaliados. A média de idade no grupo de pacientes com DW e controles foi 30,05±7,25 anos e 32,15±5,37 anos, respectivamente. A escolaridade média foi 11,15±3,73 anos nos pacientes com DW e 10,08 ± 2,62 anos nos controles. Pacientes com DW tiveram comprometimento cognitivo nos seguintes testes: MEEM (26,70±2,45 x 28,75±1,29), DRS (132,45 ±10,77 x 140,55±3,72), Fluência verbal: FAS (22,40±12,40 x 38,75±9,11) e Verbos (8,50±6,63 x 15,40±6,22); ED ordem direta (4,95±0,82 x 6,15±1,42), STROOP (4,40±4,87 x 0,50±0,68), BAF (12,95±2,85 x 16,25±1,25) e BCB: M2 (9,20±0,69 x 9,75±0,44), M5 (8,45±1,35 x 9,50 ±0,76). O diagnóstico de demência foi realizado em dois pacientes. Houve correlação entre o comprometimento cognitivo e a escala de RM (r=0,5348). Essa correlação foi mais forte com as alterações de hipersinal e atrofia (r=0,718). A avaliação por SPM mostrou uma hipoperfusão no caudado de forma simétrica, no cerebelo à esquerda e insula à esquerda. Conclusões: Pacientes com DW apresentam um comprometimento cognitivo, especialmente nas funções executivas, com boa correlação entre cognição e RM |