O Exame Cognitivo de Addenbrooke versão revisada (ACE-R) no diagnóstico diferencial das demências degenerativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Viviane Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-22092022-171638/
Resumo: O aumento da expectativa de vida implica no surgimento de condições neurológicas crônico-degenerativas, como o comprometimento cognitivo e a demência. Entre os transtornos mais frequentes, estão o comprometimento cognitivo leve (CCL), a doença de Alzheimer (DA) e a demência frontotemporal variante comportamental (DFTvc), o que justifica o delineamento de seus perfis cognitivos em instrumentos de investigação breve adequados à realidade brasileira. O Exame Cognitivo de Addenbrooke versão revisada (ACE-R) é uma bateria de testes que pode contribuir para a diferenciação e pesquisa sobre tais transtornos. O objetivo desta tese é investigar o valor diagnóstico do ACE-R em CCL, DA e DFTvc. Para isso, o ACE-R foi administrado a 102 pacientes com demência leve devido à DA provável, 37 com DFTvc leve, 87 com CCL amnéstico e a 161 controles. Os desempenhos de pacientes e controles foram analisados por curvas ROC para aferir a capacidade de discriminação do instrumento no diagnóstico de DA e DFTvc. Por método de regressão logística e análise de escala Mokken, novos modelos foram propostos para refinar a acurácia diagnóstica do ACE-R. Observou-se que as médias da pontuação total no ACE-R foram 70,2 para pacientes com DA, 72,2 para DFTvc, 79,8 para CCL e 85,1 para controles. A Razão VLOM mostrou área sob a curva (ASC) de 0,816, com 87% e 71% de sensibilidade (S) e especificidade (E), 73% de valor preditivo positivo (VPP) e 86% de valor preditivo negativo (VPN) para diferenciação entre DFTvc e DA. O logaritmo proposto para discriminar DFTvc e DA mostrou-se superior, com ASC de 0,865. A escala Mokken da DA x DFTvc revelou ASC = 0,922, com 88% S e E, 71% VPP e 96 VPN. Com a escala Mokken de CCL x controles, o ACE-R evidenciou ASC de 0,859, com 78% S, 79% E, 66 VPP e 86 VPN. Esses dados permitem concluir, portanto, que o ACE-R brasileiro alcançou alto poder discriminatório entre DA e DFTvc e CCL e controles nesta amostra. Métodos mais sofisticados de análises dos componentes da bateria podem ser implementados para refinar o valor diagnóstico do ACE-R