Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carlos Henrique da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-06012016-165605/
|
Resumo: |
A esquizofrenia continua sendo um dos transtornos mais desafiadores para a clínica psiquiátrica, apesar dos avanços dos estudos que tentam elucidar sua fisiopatologia e buscam novas opções de tratamento, isto impulsionado pela eficácia limitada dos atuais antipsicóticos utilizados no tratamento de tal transtorno. A pregabalina é uma nova droga antiepiléptica, também usada para controle de dores neuropáticas pós-herpéticas, dores neuropáticas diabéticas, fibromialgia, e recentemente aprovada para o tratamento de transtornos ansiosos. Tem como provável mecanismo de ação um incremento na função gabaérgica, apesar de não interagir com receptores gabaérgicos, pois atua através de sua ligação com a subunidade 2 dos canais de cálcio neuronais, diminuindo assim a liberação de neurotransmissores. Frente às evidências da existência de uma eficácia provável da pregabalina em sintomas psicóticos, ao menos como adjuvante, e do crescente interesse terapêutico no uso da mesma em diferentes transtornos, justifica-se um estudo que envolva pacientes esquizofrênicos utilizando tal medicação. Nas duas últimas décadas, o estudo dos mecanismos neurobiológicos subjacentes aos transtornos psiquiátricos, bem como a investigação dos possíveis mecanismos e regiões cerebrais influenciadas por substâncias psicofarmacológicas, recebeu importante contribuição das técnicas de neuroimagem funcional. Apesar disto, até o momento não existe nenhum estudo que procurou avaliar os mecanismos centrais relacionados às propriedades ansiogênicas e/ou ansiolíticas, bem como anticonvulsivantes e analgésicas da pregabalina em humanos. Assim, o presente estudo tem como objetivo investigar os efeitos da pregabalina no fluxo sangüíneo cerebral em 20 portadores de esquizofrenia, utilizando tomografia por emissão de fóton único - SPECT, em um estudo cruzado, duplo-cego, controlado por placebo. A avaliação de alterações psicopatológicas dos voluntários durante a ação da pregabalina foi feita com a Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica- Brief Psychiatric Rating Scale-BPRS, os estados subjetivos secundários à ação da pregabalina foram avaliados com a Visual Analogic Mood Scale VAMS. O resultado das imagens mostra alterações significativas de perfusão em estruturas que compõem via glutamatérgica (pré-frontal-temporal-tálamo) com principal diminuição de ativação no córtex frontal superior. Houve aumento de ativação em estruturas relacionadas à motricidade (giro pré-central e áreas do cerebelo tuber, uncus, culmen). Os dados apóiam a hipótese de que a pregabalina age modulando neurotransmissores nestas regiões e sistemas. A pregabalina apresenta potencial no tratamento de sintomas ansiosos de pacientes psicóticos. |