Entre epistemologia e política: utopia e crítica da identidade na Dialética Negativa de Theodor W. Adorno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Mariana Fidelis Jerônimo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-18012022-001315/
Resumo: À primeira vista, a Dialética negativa (1966) de Theodor W. Adorno parece refratária a qualquer sentido político, pois nega a possibilidade de uma passagem para a práxis e se dedica a uma autorreflexão filosófica sobre as principais categorias idealistas. Não obstante, Adorno está interessado em uma atividade teórico-filosófica que seja capaz de resguardar a possibilidade de crítica social no mundo administrado através de uma espécie de pensamento utópico. A hipótese deste trabalho é que as noções de utopia e crítica da identidade, presentes na Dialética negativa explicitamente em um sentido epistemológico, seriam capazes de abrir também sua dimensão política. Elas seriam as chaves para entender como a Teoria Crítica de Adorno poderia conservar ainda os impulsos iniciais do interesse político da Teoria Crítica que, de acordo com sua herança marxista, tem por objetivo não apenas a crítica da sociedade capitalista, mas também a perspectiva fundamental de emancipação humana. Além disso, ao proceder uma crítica minuciosa da identidade como princípio do pensamento, Adorno poderia contribuir para a compreensão do deslocamento histórico recente deste conceito do campo da lógica/epistemologia para o da ética/política. Por fim, propomos uma aproximação entre a crítica adorniana ao pensamento da identidade e a crítica pós e decolonial ao colonialismo moderno, buscando um modelo de compreensão e de atualização da dialética negativa em sua dimensão epistemológica e política.