Entre boates e privês: histórias e projetos de vida de mulheres na prostituição em Guaianases, periferia de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gemelgo, Felipe de Almeida Kurosaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-21052021-140734/
Resumo: A prostituição é prática social complexa, demarcada por uma ampla diversidade de relações, além das trocas sexuais e econômicas. Recebe interpretações variadas, tanto na esfera acadêmica como nas esferas política e cultural, nas quais polaridades como autonomia/heteronomia, afetos/violências, resistência/opressão e escolha/imposição tomam seus lugares em um extenso campo de debates. O presente estudo teve por objetivo conhecer a trajetória de mulheres que trabalham no mercado do sexo na periferia da cidade de São Paulo, buscando articular suas vivências à discussão sobre \"projetos de vida\". Foi desenvolvido a partir da combinação entre duas abordagens teórico-metodológicas: a etnografia e a história oral de vida. Resultou em uma descrição do circuito de boates e privês do bairro de Guaianases, zona leste da capital, como também no registro das histórias de vida de três mulheres, prostitutas, que trabalham nesses locais. A análise das narrativas nos permitiu compreender que, em um campo múltiplo e dinâmico de possibilidades e restrições, a prostituição ocupa diferentes lugares e sentidos na vida dessas mulheres, nas conexões que estabelecem entre passado, presente e futuro. Diante de suas experiências, papéis sociais e dilemas, nota-se que sujeição e autodeterminação descolam-se de posições absolutas e fixas e se revelam entrelaçadas na complexidade dos processos coletivos de construção da vida cotidiana.