Prostituição Feminina Negra: Uma análise da violência racial e de gênero na trajetória de vida
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16514 |
Resumo: | O debate sobre a violência racial e de gênero tem produzido inúmeras reflexões acerca da manutenção das desigualdades que atingem as mulheres negras. Os meios de comunicação de massa, o sistema educacional e as representações que são produzidas das mulheres negras acabam por essencializar os espaços que elas devem ocupar. Nessa perspectiva as representações da prostituição acabam por ser um espaço essencialmente feminino, e principalmente negro. É através do mito da democracia racial freyreano que o Brasil vai negar o reconhecimento positivo da população negra. Nesse discurso falacioso os índices de exclusão, de acesso e permanência na escola, a baixa remuneração, as estruturas familiares e afetivas contradizem com o modelo harmônico defendido pelo mito. As mulheres negras a partir de um discurso racista e sexista são reduzidas aos seus corpos e a sua sexualidade. Partindo dessa realidade, problematizamos as experiências de vida dessas mulheres buscando compreender a construção da subjetividade das mesmas e como a escolha pela prostituição se torna uma possibilidade real de escolha. Através da trajetória de vida nos foi possível apreender como opera a violência racial e de gênero para as mulheres negras, considerando que apesar de reconhecer a agência das mesmas às limitações do próprio sistema de opressão em que elas estão inseridas acabam por reduzir as possibilidades, tanto de reconhecimento como de sobrevivência. |