Denervação renal no tratamento de arritmias ventriculares: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Prado, Gabriela Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-11032022-131041/
Resumo: Introdução: As arritmias ventriculares (AV) constituem importante causa de morbidade e mortalidade em portadores de cardiopatia estrutural. Apesar dos avanços terapêuticos, o tratamento das AV ainda é desafiador na prática clínica. A hiperatividade adrenérgica exerce papel fundamental no desenvolvimento e manutenção das AV. Estudos recentes avaliaram os efeitos da denervação simpática renal (DR) no tratamento das AV. Objetivos e métodos: O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura e metanálises dos estudos que avaliaram a DR no manejo de AV refratárias ao tratamento convencional, afim de se analisar a eficácia e segurança do método. Artigos de revisão e estudos em animais foram excluídos. Os desfechos primários de eficácia foram redução do número de terapias pelo cardiodesfibrilador implantável (CDI) e redução no número de AV, comparando valores pré e pós DR. Alterações na pressão arterial (PA) e função renal constituíram os desfechos de segurança. Resultados: Dez estudos (152 pacientes) foram incluídos nas metanálises. Naqueles submetidos à DR, observou-se redução no número de choques pelo CDI, de ATP (terapia antitaquicardia) e de AV de 2,04 eventos/paciente/mês (IC95% = -2,12 a -1,97), 2,86 eventos/paciente/mês (IC95% = -4,09 a -1,63) e de 3,53 eventos/paciente/mês (IC95% = -5,48 a -1,57), respectivamente. No geral, terapias pelo CDI (ATP e choque) foram reduzidas em 2,68 eventos/paciente/mês (IC95% = -3,58 a -1,78). Eventos adversos periprocedimento ocorreram em apenas 1,23% dos pacientes e não foram observadas alterações significativas na PA ou função renal. Conclusão: Em pacientes com AV refratárias ao tratamento clínico otimizado, o emprego da DR reduz a ocorrência de AV e terapias pelo CDI com baixas taxas de complicações.