Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Poliana de Lima de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-11102013-153155/
|
Resumo: |
Ser cuidador informal de pacientes com doenças crônicas pode implicar em sobrecarga e sofrimento psicológico significativo, potencialmente prejudiciais para a própria saúde física e mental e para a recuperação do paciente. Pouco se sabe sobre as experiências e características psicossociais dos cuidadores de pacientes portadores de Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), principalmente na população brasileira, de forma que o presente estudo (quantitativo descritivo transversal) teve por objetivos caracterizar demográfica e psicossocialmente uma amostra não probabilística de cuidadores informais de pacientes portadores de CDI que se encontravam em tratamento médico em um hospital-escola do interior do Estado de São Paulo. As variáveis estudadas incluíram: características sóciodemográficas, qualidade de vida, ansiedade, depressão e percepção de sobrecarga. Participaram da pesquisa 60 cuidadores, entrevistados entre setembro de 2010 a maio de 2011. Para a coleta dos dados foram usados: Roteiro de Entrevista Semiestruturada, elaborado para esta pesquisa, Questionário de Avaliação de Saúde SF-36, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e a Zarit Burden Interview. Os dados foram analisados quantitativamente de forma descritiva. Posteriormente verificou-se associação estatisticamente significativa (p<=0,05) entre algumas variáveis de interesse, por meio do Teste Exato de Fisher. Os resultados mostraram que a média de idade dos cuidadores foi de 52,5 anos (DP=14,76), eram em sua maior parte do sexo feminino (n=45, 75%), o cônjuge do(a) paciente (n=39, 65%), com escolaridade predominante de até quatro anos (n=28, 46,67%), sendo a maioria (45, 75%) portadora de problemas de saúde. Vinte e cinco cuidadores (41,67%) apresentaram sintomas indicativos de ansiedade e 13 (21,67%) de depressão. Na avaliação da qualidade de vida, a média de escore mais elevado foi no domínio Aspectos Sociais (Média=78,12, DP=27,48) e o mais baixo em Vitalidade (Média=60,25, DP=26,03). O escore médio relacionado à percepção de sobrecarga foi de 19,93 (DP=12,51, Mediana= 18,5). Os participantes relataram alterações significativas em suas vidas após o implante do CDI, preocupações com a saúde do paciente e funcionamento do dispositivo, dificuldades relacionadas ao papel de cuidador, além de dúvidas sobre o desfibrilador implantável. Os resultados confirmaram que o implante do CDI no paciente impactou significativamente na vida de seus cuidadores informais, sendo necessário o oferecimento de apoio emocional e orientações específicas por parte dos profissionais da saúde para auxiliá-los na adaptação e enfrentamento adequado dessas situações. Dada a escassez de estudos brasileiros nesta população e alguns fatores metodológicos limitantes, é necessário que mais investigações sejam realizadas para comparar estes resultados. |