Acidente vascular cerebral em crianças e adolescentes: análise dos resultados obtidos na avaliação eletrofisiológica e comportamental do processamento auditivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Stadulni, Andréia Rodrigues Parnoff
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AVC
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-25082021-125840/
Resumo: Introdução: Acidente Vascular Cerebral em crianças e adolescentes são eventos considerados raros, de etiologia variada, que tem como consequência sequelas funcionais (motoras, cognitivas e de linguagem), impactando a qualidade de vida. Por este motivo descrever os resultados obtidos em avaliação eletrofisiológica e comportamental do Processamento Auditivo são de grande valia, para entendermos as alterações que possam estar presentes, para posteriormente ajudar na reabilitação dessa população. Objetivo: descrever e analisar os resultados obtidos na avaliação eletrofisiológica e comportamental do processamento auditivo em crianças e adolescentes com diagnostico de AVC e compara-las a sujeitos com desenvolvimento típico de mesma faixa etária. Método: estudo transversal, observacional e comparativo. Participaram 21 crianças e adolescentes com diagnóstico de AVC com idade entre 7 e 17 anos e 11 meses (Grupo Estudo) e 42 crianças e adolescentes com desenvolvimento representativos de normalidade (Grupo Controle), com mesma faixa etária do Grupo Estudo. Além da história clínica e anamnese, foram realizadas: avaliação audiológica periférica básica, avaliação comportamental do PAC (Dicótico de dígitos - DD, Pitch pattern Sequence - PPS) e avaliação eletrofisiológica, por meio dos testes: PEATE, para verificar a sincronia neural e P300. Resultados: Os sujeitos do GE foram divididos em tipo de AVC (isquêmico e hemorrágico), sendo que do tipo Isquêmico 22 (92%) e hemorrágico 2 (8%), quanto ao as distribuições do sítio da lesão, podemos observar que sua maioria 15 (63%), foi no Hemisfério Temporal Esquerdo, 6 (25%), no Hemisfério Direito. Nota-se que os dois casos de AVC Hemorrágico da amostra foram no Hemisfério Direito, e 2 (8%) em Região cerebelar e apenas 1 (4%) foi classificado como outros (região talâmica). O GE apresentou pior desempenho em todos os testes aplicados ao compará-los aos seus controles. Para o teste DD observamos que o pior desempenho tanto para integração, quanto para separação foi do lado Direito. Para o teste PPS, observamos uma maior porcentagem de acertos no grupo controle em comparação ao grupo estudo, tanto na modalidade \'nomeação\' quanto \'murmúrio\', sendo essa diferença estatisticamente significante. O P300 no GE apresentou-se com latências aumentadas significativamente em relação ao GC. Conclusão: os resultados do P300, juntamente com os achados nos testes comportamentais do Processamento Auditivo Central: Dicótico de Dígitos e Padrão de Frequência, sugerem que as lesões cerebrais, podem levar a comprometimento estrutural ou funcional de regiões subcorticais e, portanto, resultar em déficits no processamento auditivo