Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Leitão, Andréa Jamilly Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07022023-190930/
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Resumo: |
Com a finalidade de contribuir para a expansão da fortuna crítica dos livros Tu não te moves de ti (1980), A obscena senhora D (1982) e Com os meus olhos de cão (1986), a presente pesquisa investiga de que modo este tríptico forja a questão do erotismo trágico em sua composição, perfazendo imagens do excesso ligadas ao ato erótico e à finitude. Parte-se aqui das formulações de Georges Bataille para compreender a ligação entre o erotismo e a consciência da morte. Sob a \"emoção extremada\" ou os \"estados extremos do homem\", o erotismo trágico implica uma força desmedida que se manifesta nos arrebatamentos dilacerantes dos protagonistas: o ciúme e o desejo incestuoso de Maria Matamoros, o autossacrifício de Tadeu e de Axelrod Silva, a cólera de Hillé e a loucura suicida de Amós Kéres. A presença da geometria em seus volumes exerce um papel fundamental no desenho da fusão erótica entres os corpos amantes, bem como na tentativa de apreensão do insondável e de entendimento do que foi vivido. Considerando que o triângulo é o modo privilegiado de representação do sagrado - cujos vértices são ocupados por Deus, o homem e o mundo -, a tese percorrerá, em seus capítulos, cada eixo relacionado na procura pelo ser divino ou, no limite, pelo outro. O primeiro focalizará o eixo pertinente à divindade, detendo-se nos mecanismos que proporcionam a \"sagrada ubiquidade\", ora pela via do sacrifício, ora pela do erotismo. No segundo, o ângulo se voltará para o eixo destinado ao ser humano e à voracidade dos sentimentos. A prosa hilstiana imprime um sentido humano e, por assim dizer, dionisíaco à deidade, estabelecendo um paralelo entre Jesus Cristo e Dioniso. Por fim, o terceiro se deterá sobre o vértice referente à natureza ou ao mundo. As inquietações humanas atravessam a esfera da animalidade, como expressão do núcleo da ancestralidade. Quanto à realidade instaurada pela palavra e à trajetória do escritor, as personagens assumem a demanda pelo acontecimento verbal, entendido ora na disposição ao fracasso, a partir do diálogo com os estudos de Marcel Mauss e de Bataille sobre a experiência do Potlatch; ora na dádiva de capturar a imagem de um universo unívoco e prismático nas \"mil faces\" da narrativa. |