Formação e inserção profissional de enfermeiras obstétricas egressas de um curso de residência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia, Estefânia Santos Gonçalves Félix
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-23032020-162440/
Resumo: A qualificação profissional adquirida por meio da residência em enfermagem obstétrica é considerada uma formação diferenciada. É apropriado que o egresso desse curso seja capaz de assumir responsabilidades e atue na tomada de decisões, sendo capaz de oferecer uma assistência humanizada e qualificada nas mais diversas situações que envolvem a atenção à mulher e ao recém-nascido. Estudo qualitativo que objetivou analisar a formação e inserção profissional de enfermeiras egressas de um curso de Residência em Enfermagem Obstétrica, na perspectiva de fortalecimento da atenção qualificada ao parto e nascimento. Para alcançar esse objetivo, optou-se por utilizar o Interacionismo Simbólico (IS) e a Teoria Fundamentada nos Dados (TFD) como referencial teórico e metodológico. A população foi constituída por 12 enfermeiras egressas do curso certificadas entre 2015 a 2017. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista que contou com instrumento próprio, semiestruturado, a fim de caracterizar as participantes, o qual contou também com as questões norteadoras do estudo. A análise dos dados coletados por meio da entrevista estruturada, possibilitou atingir os objetivos propostos no estudo e evidenciou a contribuição da residência na formação, na inserção e na experiência profissional para atuação ao mercado de trabalho. A inserção profissional das egressas foi permeada por suas afinidades pessoais, com destaque para a área de atuação profissional, entre estas, a atenção primária, em maternidades na assistência ao parto, ao nascimento e ao puerpério, no empreendedorismo e na microempresa, com a ênfase no parto domiciliar e na consultoria materno-infantil. O estudo mostrou, ainda, o interesse de parte das egressas pela formação acadêmica stricto sensu após a conclusão do curso. As reflexões acerca da atuação e autonomia profissional da Enfermeira Obstétrica perpassaram pelos entraves entre médico e enfermeira, o reconhecimento profissional e teve predomínio nos aspectos relacionados ao modelo assistencial biomédico. A autonomia profissional das residentes foi relatada como limitada e condicionada às demandas do trabalho médico e ao restrito apoio das preceptoras das unidades hospitalares. Entretanto, o caminho para a autonomia profissional foi evidenciado pelo fato de as egressas se reconhecerem com habilidades, com competência e com coragem para buscar a transformação do modelo de assistência considerado por elas retrógrado. Ao descrever sobre o caminho para a autonomia profissional na residência e a inserção delas ao mercado de trabalho, associamos o residente como o dispositivo central da trajetória nessa modalidade de pós-graduação.