Inserção das enfermeiras obstétricas em um hospital escola: mudança na prática assistencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Amaral, Rosangela da Conceição Sant’Anna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9720
Resumo: O Brasil apresenta uma das taxas de cesáreas mais elevadas do mundo e tem sido citado como exemplo claro do abuso desse procedimento. O processo de aquisição de práticas obstétricas hospitalares, pelas enfermeiras obstétricas, frente à implantação do modelo humanizado, está entre as políticas públicas de saúde que sustentam a oferta de atenção qualificada à mulher no parto e nascimento. Objetivos: Identificar as estratégias empreendidas pelos profissionais de saúde e gestores para a inserção das enfermeiras obstétricas no cenário hospitalar; analisar a inserção das enfermeiras obstétricas no cenário assistencial; compreender a reconfiguração da lógica assistencial na maternidade desse hospital a partir dessa inserção e sua articulação com as políticas públicas de saúde sobre o tema. Metodologia: Método exploratório, descritivo com abordagem qualitativa, a partir dos discursos dos profissionais de saúde envolvidos na inserção das enfermeiras obstétricas, tendo por cenário a maternidade do Hospital de Ensino Alcides Carneiro em Petrópolis (RJ), a única de caráter público do município. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática, com base em Laurence Bardin (2010), mediante roteiro de entrevista estruturado, tendo como participantes dez profissionais de saúde atuantes na instituição em foco ou em instituições participativas na gestão hospitalar. A pesquisa foi aprovada pelos CEP: FM/HUAP/UFF e da FMP/FASE, através dos respectivos CAEE nº 61231316.6.0000.5243 e CAE: 61231316.6.3001.5245. Resultados: Na primeira categoria, a Rede Cegonha foi considerada marco político de transição do modelo obstétrico em interface com a enfermagem obstétrica. A segunda categoria revelou as expressões e configurações da inserção das enfermeiras obstétricas no cenário do hospital em foco. Conclusões: É fato a importância da Rede Cegonha como estratégia do governo federal no redesenho da lógica assistencial no campo do parto e nascimento e a reconfiguração das práticas assistenciais, porém, os gestores estaduais e municipais têm grande responsabilidade na pactuação das metas de implementação da rede. A análise da inserção das enfermeiras obstétricas no cenário assistencial, evidenciou que a presença dessas profissionais qualificou o cuidado prestado e induziu mudanças nas práticas implementadas por outros profissionais atuantes. Salienta-se que o estudo também ratificou que o cuidado colaborativo resulta em vários benefícios para parturiente e familiares, trazendo sucesso nas ações planejadas e compartilhadas