A capacidade funcional de pacientes submetidos a neurocirurgia oncológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bigatão, Marcela dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-07012016-151915/
Resumo: Introdução: A capacidade funcional refere-se fundamentalmente à potencialidade humana para o desempenho ocupacional, imprescindível para uma melhor qualidade de vida. O objetivo desta pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP (processo no 648/2008), foi avaliar a capacidade funcional de pacientes submetidos a neurocirurgia oncológica e sua relação com a qualidade de vida. Método: Durante o período de maio/08 a abril/09 (12 meses) foram avaliados 52 sujeitos adultos de ambos os sexos; o grupo experimental teve 26 pacientes, sendo 14 com diagnóstico de meningioma (grupo1) e 12 com diagnóstico de glioma de alto grau (grupo 2); e o grupo controle teve 26 sujeitos, subdivididos em grupos: 1A (pareado com o grupo 1) e 2A (pareado com grupo 2). Foram realizados dois tipos de dinamometria - avaliação de força de preensão (Grip TrackTM Testing) e de pinça (Pinch TrackTM Testing) com equipamento computadorizado Tracker SystemTM; aplicação de protocolos internacionais validados no Brasil - Hospital Anxiety and Depression Scale HAD, Item Short-Form Health Survey - SF-36 e Health Assessment Questionnaire HAQ, no período pré-operatório e no terceiro mês de pós-operatório. Na análise estatística foram aplicados os testes Mann-Whitney, Wilcoxon e Coeficiente de Correlação de Spearman Resultados: Constatou-se que nos três primeiros meses de pós operatório houve aumento da capacidade funcional dos sujeitos dos grupos experimentais (1 e 2) e diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão; não houve diferença significativa nos testes de força no pré e no pós operatório, mas ambos os grupos apresentam diminuição de força no membro dominante em comparação com os grupos controle. Houve correlações de forte magnitude entre os dados coletados através dos testes Grip TrackTM Testing, Pinch TrackTM Testing; protocolos: HAD, HAQ e SF-36, com rho 0,600 a 0,969. Os domínios aspecto social e emocional do instrumento de qualidade de vida mostraram uma piora no pósoperatório imediato. Esses resultados corroboram a compreensão ampliada do conceito de funcionalidade, como proposto na Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde\" (CIF). Conclusão: A funcionalidade está diretamente relacionada com a qualidade de vida, principalmente nos aspectos psicossociais, sendo necessária compreendê-la de forma mais ampla do que funções físicas específicas, para implementar planos de tratamentos mais adequados para os sujeitos com tumor cerebral, tanto no pré como no pós operatório, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.