Meningeoma: histologia e expressão do Ki-67 e do p53: estudo de 114 casos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brum, Carolina de Almeida Ito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
P53
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9460
Resumo: O meningeoma é uma neoplasia de evolução lenta, na sua maioria benigna, podendo recidivar localmente e com subtipos de curso menos favorável, classificados como grau II ou III. O índice de proliferação pelo anticorpo Ki-67 demonstrou ser um relevante fator de risco para recorrência. Este trabalho objetivou: revisar e classificar os casos de meningeoma, segundo os critérios estabelecidos pela OMS/2007; identificar se há correlação entre o resultado histopatológico com o sexo e a idade; avaliar os achados histopatológicos com o grau da neoplasia; quantificar a imunomarcação do Ki-67 e do p53; verificar se existe correlação entre a expressão IHQ do Ki-67 com a do p53; correlacionar a expressão imuno-histoquímica (IHQ) do Ki-67 com o sexo; correlacionar a expressão IHQ do Ki-67 e do p53 com o grau histológico; correlacionar a expressão IHQ do Ki- 67 e do p53 com os achados histopatológicos; padronizar uma rotina de análise para o meningeoma que seja adequada a nossa casuística com relevância diagnóstica. Para tanto, foram revistos os casos diagnosticados como meningeoma, no período de 1989 a 2010, do setor de Neuropatologia do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense. Os seguintes parâmetros foram avaliados: infiltrado inflamatório, necrose, perda da arquitetura celular, aumento de celularidade, aumento da relação núcleo-citoplasma, nucléolo evidente/macronucléolo, mitoses e infiltração do tecido nervoso. A técnica IHQ, para o anticorpo anti-Ki-67 e p53, foi realizada por meio de “Tissue MicroArray” (TMA), montado a partir de blocos de parafina. Foram identificadas 699 peças e biopsias de lesão intracraniana, com 114 (30,3%) meningeomas, sendo nove (7,9%) localizados na região torácica. O sexo feminino predominiou com 61,4% dos casos. A idade média foi de 53 ±14 anos. O meningeoma grau I foi o mais comum com 75 (65,8%) casos, seguido do grau II com 34 (29,8%), dos quais 27 (79,4%) foram atípico, e do grau III, com cinco (4,4%). Infiltrado inflamatório mononuclear (66/57,9%), aumento da celularidade e necrose 40 (35%), cada, foram as alterações mais frequentes; as alterações que mais se relacionaram com o grau II foram perda da arquitetura, aumento da celularidade e nucléolo proeminente; a média de marcação do Ki-67 foi significantemente estatística entre os graus histológicos, enquanto que o p53 não teve relevância estatística. Concluímos que o sexo feminino correlacionou-se com o grau I e o masculino com o grau III; não recomendaríamos o uso isolado do Ki-67 e do p53 para categorização dos graus I, II e III; a imunomarcação para o Ki-67 foi uma ferramenta importante na distinção entre o grau I com o grau II e III, enquanto que a marcação pelo p53 não foi de auxílio; o uso dos marcadores Ki-67 e p53 não se justificam na diferenciação entre o grau II com o grau III; a combinação de perda arquitetura, aumento da celularidade e nucléolo evidente, associada a maior positividade para o Ki-67, classificariam os casos de meningeoma grau II; justificando o emprego dessa técnica no diagnóstico de rotina do meningeoma