Conhe-ser ou não conhe-ser, eis a questão: experiências formativas de integração através da tensão entre habitus e saberes docentes e discentes em sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Ivi Belmonte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-15082022-093825/
Resumo: O objeto desta pesquisa são as formas de conhecer e de se relacionar em sala de aula, traduzidas nos encontros inerentemente tensos entre habitus e saberes docentes e discentes (Bourdieu e Tardif, respectivamente), especialmente relacionados a posicionamentos de autoridade, no ensino médio noturno de uma escola pública em Curitiba. A escola que sediou o trabalho de campo é reconhecida por sua importância na história da educação formal no Estado do Paraná e atualmente recebe majoritariamente jovens advindos da periferia da cidade. Ao longo de um processo, os encontros entre habitus e saberes docentes e discentes delineiam práticas e sentidos de socialização e trabalho escolar, bem como possíveis experiências de exclusão, fracasso, inclusão ou integração dos alunos junto aos professores, a seus pares e aos conteúdos disciplinares. Atendendo à reconhecida necessidade do campo das Ciências da Educação de se estudar a escola desde seu interior, esta pesquisa qualitativa mobilizou a abordagem etnográfica, que oferece condições privilegiadas para acessar a complexidade das interações simbólicas no cotidiano da sala de aula. Foram acompanhadas as aulas de dois professores, de sociologia e matemática, em uma turma de 2º e outra de 3º ano do ensino médio, durante o ano letivo de 2018. Também foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas com cada professor, no início e ao fim do ano, uma entrevista com um aluno, ao final do ano, quatro grupos focais com as turmas, além de análise de documentos escolares e interações diversas. As observações permitiram discernir mudanças significativas nas relações professor-aluno. Então, procurou-se entender como as tensões inerentes às interações contribuíram para o envolvimento vital dos professores e dos alunos em experiências formativas (Turner) que rearranjaram sentidos da socialização escolar e abarcaram tanto diversidades quanto dimensões coletivas de pertencimento, promovendo integrações.