Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, José Carlos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136480
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Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a problemática formativa da atividade filosófica à luz da noção “trabalho sobre si-mesmo” do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein, no intuito de repensar um sentido outro ao “filosofar que educa”. Nessa direção, Wittgenstein será tomado como o referencial, bem como a própria testemunha dos movimentos a que a sua noção faz remeter o filosofar. De modo particular o exercício de si sobre si, testemunhado pelos cadernos de anotações e as observações de Remarques mêlées, que acaba por caracterizar o seu filosofar aproximando-o de uma exercitação que Pierre Hadot denominou de “exercícios espirituais”; os quais, sob tal viés, acabam por caracterizar o filosofar como uma experiência formativa, o que desloca o sentido da atividade filosófica para o contexto de uma “arte de aprender a viver” e não “ensinar a viver”. Razão pela qual pode-se dizer que há em sua proposta filosófica um ‘giro formativo’, pois, principalmente com a noção de “trabalho sobre si-mesmo” é exigido da atividade filosófica movimentos outros que não o estritamente conceitual discursivo. Sob este ‘novo’ viés, atrelada ao viver, o filosofar se mostra como “arte de aprender a viver” porque a prática, via “exercício” e “maneira de viver” que cuida, consiste nesta ação vinculada à “primeira pessoa”. Dessa forma, se o filosofar “travestido como maneira de viver que exercita” visa à constituição de um “discurso interno” com o fim de operar a transformação de si, a atividade filosófica se vê diante de uma “nova” proposta, cujo ‘jogo da verdade’ – de base ética e não epistemológica – acaba por demandar a atualização de seu sentido educativo. Assim, a partir dos referenciais mencionados e ao fim proposto, e pautado por uma pesquisa bibliográfica de metodologia teórico-filosófica, o trabalho toma por eixo três movimentos os quais se impõe como variáveis de análise à questão formativa pressuposta na noção wittgensteiniana – “Se a filosofia é um trabalho sobre si-mesmo, o que se trabalha sobre si quando se filosofa?” –, cujos principais movimentos fazem com que o próprio sentido formativo da atividade seja repensado: 1) experiência de si na prática da exercitação ou do exercício como prática de si; 2) experiência de si na linguagem; 3) experiência ética de si como prática da própria verdade. |