El Gran Teatro del Mundo: religiosidade e política nos autos sacramentais de D. Pedro Calderón de La Barca (1630-1673)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Isadora Aragão Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26112020-201731/
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar aspectos devocionais e políticos do teatro sacro de D. Pedro Calderón de la Barca, poeta do Século de Ouro Espanhol que ganhou considerável destaque no seio da sociedade de corte. Para tal, utilizam-se como fontes principais seus autos sacramentais, dramas alegóricos de temática eucarística, que se tornaram relevantes nos domínios ibéricos durante o Antigo Regime não apenas por sua qualidade poética, mas também pelo papel pedagógico que assumiam no contexto festivo do Corpus Christi em que eram anualmente representados. De modo que, sem desconsiderar o conjunto da obra, reservamos especial atenção para os autos El gran teatro del mundo (1633-1635) e La vida es sueño (1673), que acreditamos conter uma espécie de síntese da cosmovisão do poeta e, por extensão, de seus coetâneos peninsulares. Diz-se isso pois, como se procura demonstrar, as noções de mundo como teatro e da vida como sonho, em franco diálogo com os ensinamentos da literatura espiritual e tratadística política então em voga, trazem à tona preocupações caras ao homem barroco, como a fugacidade da vida terrena em face às realidades eternas. Procura-se, ademais, situar o autor e sua produção em relação aos movimentos mais amplos de Reforma da Igreja Católica e Reforma Protestante, bem como em relação à instabilidade política, social e econômica que caracterizou o século XVII.