Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Paula Daniella de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08032023-165111/
|
Resumo: |
Introdução: As crianças e os adolescentes transgêneros e seus responsáveis vivenciam desafios para a visibilidade de suas necessidades frente ao contexto cisnormativo que os vulnerabilizam, demandando redes de apoio e políticas de saúde que se estruturem em modelo protetor. Objetivo: Analisar a rede social das mães, pais ou responsáveis por crianças ou adolescentes transgêneros. Método: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, fundamentado nas dimensões estrutura, função e dinâmica do referencial teórico-metodológico de Rede Social. A produção de dados ocorreu entre agosto e outubro de 2021, com 33 mães, pais e responsáveis por crianças ou adolescentes transgêneros, selecionados por meio de amostragem snowball. As entrevistas individuais foram audio/videogravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra e viabilizaram a construção dos mapas de rede; as falas foram submetidas à técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática, com auxílio do software IRaMuTeQ determinando as categorias temáticas. Resultados: As redes primárias se apresentaram pequenas e com poucas pessoas que interagem para o apoio. A família se configurou como primeira rede de socialização com maior função/responsabilização e sobrecarga materna. As dinâmicas revelaram vínculos frágeis e conflituosos com familiares/parentes, amigos, colegas e vizinhos, com destaque para a figura do homem. Nas redes secundárias, foram identificados vínculos fortes com ambulatórios especializados do Sistema Único de Saúde e Organizações Não Governamentais. Foram identificados vínculos frágeis, conflituosos, interrompidos e rompidos no âmbito da rede de atenção em função da falta de ambiência, despreparo técnico de profissionais da saúde e escassos serviços habilitados para pessoas trans no período infanto-juvenil. A dinâmica escolar apresentou situações de transfobia, medo, falta de acolhimento e preconceitos. Os serviços sociais apresentaram vínculos fortes, mas também conflituosos, com situações de negação de direitos. Considerações finais: As redes sociais apresentaram limitações para o apoio eficaz e necessidade de fortalecimento, sendo a sua análise importante ferramenta para a prática assistencial, estruturação de políticas, construção de linha de cuidado transespecífica e de tecnologias educacionais para o empoderamento com vistas ao apoio à transgeneridade. |