Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paulino, Danilo Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-05022021-131546/
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Resumo: |
A transexualidade pode ser considerada uma experiência identitária caracterizada pelo conflito com as normas de gênero. Estudos mostraram que a população trans enfrenta taxas significativamente altas de desemprego, discriminação no mundo do trabalho, situações de ausência de moradia e assédio em ambiente de trabalho. Essas experiências são revestidas de maior sofrimento e dificuldade quando são enfrentadas juntas à rejeição familiar, tornando necessário compreender as dinâmicas das relações familiares das pessoas trans e de seus familiares, no âmbito do cuidado em saúde. O objetivo desta pesquisa é compreender as construções de sentidos que emergem da dinâmica das relações familiares a partir das performances identitárias de pessoas transexuais em atendimento em um ambulatório direcionado exclusivamente para o cuidado em saúde integral de transexuais e travestis. Realizou-se uma etnografia com triangulação das fontes de dados (entrevistas semiestruturadas, grupo focal e observação participante) em um ambulatório especializado no cuidado trans-específico no Sistema Único de Saúde (SUS), entre dezembro/2017 a julho/2018. Conduziu-se 21 entrevistas, sendo 8 com homens trans, 8 com mulheres trans e 5 com familiares de pessoas trans atendidas nesse serviço; 1 grupo focal com 8 homens trans e aproximadamente 100h de observação participante. Apresentam-se os resultados e discussão a partir de 3 categorias temáticas denominadas (1) Concepções de Família; (2) Concepções de Identidade e (3) Concepções de Saúde. A análise levou em consideração como a diversidade de idade, a renda e a etnia, em cada contexto de vida trans, estabelecem diferenciais nos temas em estudo. Os significados de família, identidade e saúde estão interconectados, o que poderia justificar as relações já estabelecidas em outros estudos entre família e adoecimento das pessoas transexuais. O desafio para os serviços e profissionais de saúde está na legitimação desses significados como fundamentais para a clínica, a saúde e o bem-estar das pessoas das quais se almeja cuidar, para com isso alcançar um cuidado em saúde integral e equânime |