Esperança, otimismo e estratégias de coping na população transgênero brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Lucca Pereira
Orientador(a): Giacomoni, Claudia Hofheinz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/261961
Resumo: Pessoas transgênero são aquelas cuja identidade de gênero difere daquela designada a elas no nascimento, estando essa população em caráter de vulnerabilidade. A população transgênero brasileira é estimada ao redor de 2% da população adulta do Brasil, contabilizando em torno de 3 milhões de pessoas, cujas vidas são continuamente atravessadas por situações de violência física e psicológica, dificuldade de acesso a serviços e ao mercado de trabalho e experiências de discriminação e preconceito. A partir de uma perspectiva pautada na Psicologia Positiva, o presente estudo buscou identificar possíveis fontes de saúde mental presentes em pessoas trans, investigando as variáveis esperança, otimismo e estratégias de copingcoping e suas relações com a saúde mental nessa população. A amostra final contou com 228 indivíduos, entre transmasculinos, transfemininos e não-binários, recrutados principalmente por meio de redes sociais, que responderam questionários online do tipo survey. Otimismo e esperança obtiveram níveis pouco abaixo da média, enquanto depressão e ansiedade apresentaram-se acima da média, indicando graus moderados de adoecimento mental, o que já era esperado nessa população. A etapa do desenvolvimento pareceu afetar de forma positiva em relação às variáveis de interesse, apesar de raça e identidade de gênero também afetar determinados construtos, como depressão e coping focado na emoção. Tanto a esperança quanto o otimismo correlacionaram-se com o coping focado no problema, enquanto a esperança correlacionou-se negativamente com a depressão, indicando a possível contribuição das variáveis estudadas para com a saúde mental dos participantes. Novos estudos devem ser realizados a fim de replicar ou refutar os resultados deste estudo, tendo em vista suas limitações deste estudo, bem como expandir as contribuições da Psicologia Positiva para populações marginalizadas.