Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Cordani, Lisbeth Kaiserlian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04072011-084602/
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Resumo: |
A maioria dos cursos universitários tem, em seu currículo, uma disciplina básica obrigatória de elementos de probabilidade e estatística. Além dos procedimentos de natureza descritiva, associados a análise de dados, fazem parte da ementa dessas disciplinas procedimentos inferenciais, geralmente apresentados dentro da teoria clássica(ou frequentista) de Neyman-Pearson. Não é costume nesta disciplina nem discutir aspectos epistemológicos ligados à inferência estatística e nem incluir a apresentação da escola Bayesiana, como uma possível alternativa. Sabidamente, tal disciplina é um entrave na vida escolar, tanto do aluno como do professor. Do aluno, porque este se depara, em boa parte das vezes, com um oferecimento mecânico da disciplina, sem motivação de natureza aplicada e sem vínculo aparente com sua realidade próxima curricular. Do professor, porque encontra geralmente alunos, além de despreparados com relação aos conceitos primários de incerteza e variabilidade, também com predisposição negativa, devido ao tabu associado à disciplina. Com o intuito de discutir a necessidade do oferecimento das primeiras noções inferenciais nessa disciplina, bem como responder a pergunta qual a inferência que deve ser ensinada numa disciplina básica de um curso universitário? buscamos caracterizar, ao longo de trabalho, as relações da estatística com: criação científica em geral e racionalismo e empirismo em particular; a existência ou não de um método científico; o objetivismo e o subjetivismo; os paradigmas das escolas clássica e Bayesiana; aprendizagem e cognição. Foram analisadas e comparadas as abordagens inferenciais feitas segundo cada escola, bem como apresentados alguns exemplos. A sugestão deste trabalho é de que o programa de uma primeira disciplina inclua os aspectos epistemológicos ligados à inferência, bem como a apresentação do tópico inferência estatística segundo as duas abordagens: clássica e Bayesiana. Isto eliminaria, pelo menos nos primeiros contatos do aluno com a área, a proposta de rompimento com a escola clássica preconizada por muitos adeptos da escola Bayesiana, bem como a proposta de resistência (manutenção do status quo), defendida por muitos elementos da escola clássica. Na verdade, a proposta preconiza a coexistência entre as duas escolas numa apresentação de curso básico, pois entendemos que o dever do professor é mostrar o estado da arte da área a seus alunos, deixando a opção (se isto fizer sentido) para uma etapa futura, seja acadêmica ou profissional. |