Exportação concluída — 

Nas linhas da vida: o Programa Minha Casa, Minha Vida a partir do cotidiano de moradoras de residenciais em Juiz de Fora (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Magalhães, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-21012025-121457/
Resumo: Este trabalho se propõe à investigação de relações entre o Programa Minha Casa, Minha Vida e trajetórias de vida de beneficiárias e moradoras de residenciais do programa no município de Juiz de Fora (MG). Por meio de aproximações etnográficas, utilizando-se de entrevistas compreensivas, photovoices e itinerários, analisam-se seus deslocamentos habitacionais prévios e posteriores à entrada na moradia, suas mobilidades socioespaciais e suas dinâmicas familiares. Discute-se sobre a compreensão da cidade como construção social, apresentando os conceitos de gênero, interseccionalidades, seus papéis e relações no processo de (re)produção da cidade, bem como a forma que a perspectiva feminista tem buscado atender às singularidades da experiência de mulheres. Reflete-se a respeito do contexto que envolve o lançamento do Programa, a incorporação da perspectiva de gênero na execução da Faixa 1, seus resultados iniciais, apresentando sua implementação e especificidades no município mineiro. A pesquisa de campo evidencia as territorialidades das moradoras, suas experiências urbanas periféricas, marcadas pela vulnerabilidade e nomadismos. Quando nos residenciais, destacam-se as desterritorialidades; as redes de apoio e solidariedade tecidas na vizinhança, que viabilizam o equacionamento das atividades produtivas e reprodutivas; a fragilidade financeira; os deslocamentos cotidianos; as formas de resistência; o novo sentido de pertencimento; as conquistas e projetos de futuro. De modo geral, a partir das narrativas, fotografias e percursos realizados, constata-se que gênero é uma categoria importante de análise dos processos de produção das cidades; que a política habitacional deve estar articulada à política urbana; e que, com a finalidade de valorizar vivências e existências, é fundamental que se pense a coimplicação entre o corpo e a cidade na implementação de políticas públicas urbanas e habitacionais, praticando um urbanismo incorporado.