A produção desigual do espaço urbano de Juiz de Fora: a ocupação Vila Barroso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Lilian Aparecida de lattes
Orientador(a): Cassab, Clarice lattes
Banca de defesa: Pinto, Marina Barbosa lattes, Batella, Wagner Barbosa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3102
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo discutir a produção desigual do espaço urbano de Juiz de Fora a partir de sua inserção enquanto importante cidade média na rede urbana brasileira, apresentando a ocupação Vila Barroso enquanto materialização desse processo. A ocupação iniciou no mesmo período em que o poder público municipal investia na atração de grandes empresas, buscando adaptar o município aos anseios do capital global. Para compreender este cenário, parte-se da reflexão de que as contradições inerentes à produção capitalista estão presentes no espaço e é com o objetivo de mantê-las que os sujeitos dominantes o reproduzem, sendo a desigualdade socioespacial, a manifestação da contradição entre a produção social e sua apropriação privada. Baseando-se nisso, debate-se a produção desigual do espaço urbano de Juiz de Fora com suas especificidades de cidade média, apresentando algumas de suas dinâmicas atuais e passadas, que possibilitam situar a Vila Barroso no contexto da questão habitacional no município. Após mais de uma década vivendo na precariedade, a remoção dos sem-teto do lugar onde moravam aconteceu porque a ocupação estava localizada numa área em processo de valorização na cidade. Por isso, eram alvo constante de pressões do poder público que tanto insistiu até que realizou o reassentamento das famílias num loteamento do programa Minha Casa Minha Vida, deixando a área nas margens da BR-040 livre para ser vendida ou alugada. Nesse jogo de interesses dos sujeitos, o espaço de Juiz de Fora é constantemente reorganizado e marcado pela separação das classes. Aos trabalhadores sem-teto, esse processo significou uma casa, mas também a perda de sua identidade e vínculos territoriais.