Predição de resposta patológica completa em pacientes com câncer de mama pós-quimioterapia neoadjuvante mostrando resposta radiológica completa na ressonância magnética: há um papel para a imagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jacinto, Bruna Maria Thompson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-07012022-094431/
Resumo: INTRODUÇÃO: A resposta patológica completa (RPC) após a quimioterapia neoadjuvante (QTneo) em pacientes com câncer de mama está associada a resultados favoráveis, mas a resposta radiológica completa (RRC) no exame de ressonância magnética (RM) pré-cirúrgico realizado após a QTneo não se correlaciona necessariamente com RPC. OBJETIVOS: O objetivo principal foi determinar possíveis preditores de resposta patológica completa na ressonância magnética, destacadamente alguma característica de imagem do tumor na RM pré-QTneo, numa coorte de pacientes que apresentou resposta completa na ressonância magnética pós-quimioterapia neoadjuvante para câncer de mama. Como objetivos secundários foram avaliados a relação entre a presença de calcificações residuais na mamografia pós-QTneo e a presença ou ausência de resposta patológica completa e o impacto das características clínicas e moleculares dos tumores na predição da resposta patológica completa nessa coorte de mulheres. MÉTODOS: Foi realizada a análise retrospectiva de 115 mulheres pós-QTneo com resposta radiológica completa na ressonância magnética entre os anos de 2010 e 2016. Variáveis de RM pré-tratamento (morfologia e tamanho da lesão e distribuição do tumor), clínicas e moleculares (status do receptor) foram revisadas. Os achados mamográficos (calcificação, assimetria, nódulo, distorção arquitetural) também foram coletados. As análises bivariada e multivariada avaliaram a correlação entre tais variáveis e a resposta patológica completa. As calcificações na mamografia pós-QTneo e sua correlação com presença de carcinoma ductal in situ (CDIS) foram analisadas utilizando a correlação de Pearson. RESULTADOS: A distribuição do tumor na ressonância magnética pré-QTneo foi a única característica de imagem preditiva significativa na análise multivariada, com lesões multicêntricas apresentando baixas chances de RPC (p = 0,035). Não houve associação significativa entre o tamanho do tumor ou a sua morfologia com RPC. Ainda na análise multivariada, o subtipo molecular permaneceu como preditor significativo de RPC, com HR-HER2+ e triplo negativo (TN) demonstrando maiores chances de resposta patológica completa. A presença de CDIS na patologia cirúrgica final foi associada a calcificações residuais na mamografia pós-QTneo (p = 0,009). CONCLUSÕES: Tumores multicêntricos na RM pré-QTneo estão associados a menores chances de RPC para pacientes pós-QTneo e resposta radiológica completa na ressonância magnética; o subtipo molecular permanece como forte preditor de RPC nos subtipos HR-HER2+ e TN. Calcificações mamográficas residuais correlacionaram-se com maior chance de doença residual, tornando a correlação entre mamografia e ressonância magnética essencial para o planejamento cirúrgico