Perfil de pacientes com câncer de reto atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto: estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Balarezo, Luiz Fernando Girotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-23102019-170254/
Resumo: Os adenocarcinomas retais apresentam uma parcela importante dos canceres incidentes no Brasil, que pode ser explicado pelo envelhecimento da população, mudanças no estilo de vida e pelo o diabetes mellitus. Por outro lado, estudos têm indicado o papel protetor da metformina no risco de incidência para CCR e mortalidade específica. Portanto, vê-se a importância de investigar o papel da metformina como aliada aos tratamentos padrões objetivando um aumento das taxas de sobrevida, redução de recidivas e redução de risco de CCR em pacientes com DM. Trata-se de um estudo transversal que buscou descrever o perfil dos pacientes com adenocarcinoma de reto, através de informações clínicas e epidemiológicas, de acordo com os registros em prontuários dos pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no período de 2006 a 2016. Resultados: Do total de 742 inicialmente selecionados, 113 responderam aos critérios de elegibilidade e foram analisados quanto aos dados demográficos epidemiológicos e clínicos. A média de idade da amostra foi próxima entre homens e mulheres, acima de 60 anos, como indica a literatura para prevalência dos canceres de reto. A maioria dos pacientes eram provindos de municípios vizinhos ao do hospital. Do total, 19(16,8%) eram diabéticos, 17(15%) faziam uso de metformina, 10(8,8%) faziam uso de AAS, 48(42,4%) era tabagistas, 44(38,9%) tinham história familiar de câncer, 22(19,4%) apresentaram resposta patológica completa, 87 (77%) apresentavam tumor em reto baixo e 26 (23%) apresentavam tumor em reto médio. Através de regressão logística foi estimada as associações entre essas variáveis e a resposta patológica completa. O modelo estimou que indivíduos sem diabetes mellitus tem maior chance de ter resposta patológica completa, sendo a razão (OR) 2.252 [IC] 95%, 0.113 - 41.051 para pacientes diabéticos, em relação a não diabéticos. O uso da Metformina aparece como um fator protetor, com razão (OR) para pacientes em uso do fármaco de 0.263 [IC] 95%, 0.010-7.286 em relação aos que não faziam uso. Na análise das associações, não obtivemos resultados estatisticamente consistentes na associação da resposta patológica completa com demais variáveis. Porém, as razões de possibilidades encontradas sugerem que possa existir associações. Portanto, novos estudos com diferentes abordagens e métodos, buscando investigar fatores de bom prognóstico para o paciente, devem ser realizados