Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Ana Terra Bandeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-09052022-151033/
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Resumo: |
Introdução: Jovens são desproporcionalmente afetados pela epidemia de HIV. Essas dificuldades já foram descritas e analisadas quanto a seus determinantes. Contudo, embora as intervenções efetivas para promover o teste anti-HIV estejam concentradas em ambientes escolares, ainda persistem controvérsias no que se refere à efetividade dessas intervenções para aumentar a atitude e o comportamento de testagem entre a população jovem. Objetivo: Avaliar a efetividade de intervenções realizadas em instituições formais de ensino (escolas e universidades) no aumento da atitude e do comportamento relativos à testagem anti-HIV entre pessoas jovens. Portanto, a pergunta norteadora deste estudo foi: As intervenções realizadas em instituições formais de ensino são efetivas para promover o teste anti-HIV entre pessoas jovens? Métodos: Esta revisão sistemática (RS) da literatura seguiu as recomendações metodológicas do Cochrane Handbook para Revisões Sistemáticas de Intervenções, versão 6.0. A estratégia de busca foi elaborada a partir do acrônimo PICOS (P = adolescentes e jovens; I = intervenções implementadas em instituições formais de ensino (escolas e universidades); C = nenhuma intervenção; currículo padrão de prevenção sexual; qualquer intervenção realizada fora do ambiente formal de ensino; O = atitude e comportamento relativos à testagem anti-HIV; S = ensaios clínicos randomizados (ou quase randomizados); e ensaios clínicos randomizados por conglomerado). A busca sistemática foi realizada entre maio e junho de 2019 em 17 bases de dados. Não foi estabelecido nenhum tipo de restrição quanto ao idioma ou limite temporal dos estudos pesquisados. A seleção dos estudos elegíveis foi realizada por dois avaliadores independentes, que também avaliaram a qualidade metodológica dos estudos incluídos e extraíram seus dados. As discordâncias foram dirimidas através de consenso ou com o auxílio de um terceiro avaliador. Os dados foram apresentados de forma descritiva e com metanálise. Resultados: Seis documentos e quatro estudos foram incluídos nesta RS. Desses, dois estudos são Ensaios Clínicos (EC) randomizados por indivíduos e dois são (EC) randomizados por conglomerados. Um estudo avaliou o desfecho de atitude para testagem anti-HIV e três estudos avaliaram o desfecho comportamental de testagem. Apenas este desfecho pôde ser incluído na metanálise. Dois estudos foram agrupados em metanálise e os resultados foram apresentados com gráfico de floresta. Houve significante (p=0,02) efeito da intervenção nos testes de HIV. No que concerne à atitude em relação à testagem, a síntese descritiva também sugere benefício das intervenções. Conclusão: Os achados qualitativos e quantitativos da presente RS sugerem que as intervenções realizadas em instituições formais de ensino, quando comparadas a nenhuma intervenção, são efetivas em aumentar a atitude e o comportamento relacionados ao teste anti-HIV entre jovens. No entanto, evidenciou-se que essas intervenções têm se restringido a uma abordagem restritiva de prevenção combinada, notadamente pela implementação de estratégias de cunho comportamental e biomédico, negligenciando ações preventivas combinadas mais abrangentes. Dado ao reduzido número de artigos incluídos, não há evidências suficientes para concluir que aspectos relacionados às características das intervenções implementadas possam ter influenciado os resultados. |