Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Thainá Matos Palhaes |
Orientador(a): |
Marins, Rita de Cássia Elias Estrela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52649
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Resumo: |
A introdução da terapia antirretroviral (TARV) promoveu uma melhor qualidade de vida para as pessoas vivendo com HIV. Com isso, houve o aumento da sobrevida causado pelo uso da TARV, que transformou a doença infecciosa em uma condição crônica gerenciável, contribuindo para que muitas das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) chegassem à terceira idade. Além disso, no Brasil, a doença tem avançado sobre a população idosa, devido ao aumento da prática sexual sem preservativo, utilização de medicamentos que melhoram e prolongam a vida sexual e negligenciamento no acesso às informações em relação a doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), promovendo progressiva elevação no número de casos notificados da doença entre a população que se encontra na faixa etária igual ou superior a 60 anos (observando-se um aumento de mais de 1000% no número de casos de HIV em pessoas com 60 anos ou mais nos últimos 10 anos). Por conta disto, algumas preocupações têm surgido com relação aos efeitos do envelhecimento nos resultados clínicos da TARV, já que os idosos são normalmente sub-representados em ensaios clínicos e dados sobre o perfil farmacocinético de antirretrovirais (ARVs) em idosos vivendo com HIV ainda são limitados. Neste contexto, o objetivo do estudo é avaliar, através da realização de uma revisão sistemática, a influência da idade cronológica na farmacocinética dos ARVs darunavir, dolutegravir, bictegravir, tenofovir alafenamida, rilpiririna, raltegravir, maraviroc, etravirina e doravirina em pessoas vivendo com HIV com 50 anos ou mais e, com isso, auxiliar na tomada de decisão a respeito da operacionalização de regimes de TARV específica para essa população. Para cumprir o objetivo, foi realizada uma revisão sistemática de estudos farmacocinéticos com medicamentos antirretrovirais aprovados depois de 2005 pelo Food And Dugs Administration (FDA) em indivíduos idosos (≥ 50 anos) e jovens (18-49 anos) vivendo com HIV. Dos 89 estudos incluídos na revisão, apenas 4 realizaram estratificação entre jovens e idosos. Nos artigos que fazem estratificação por idade, foi observado um aumento na exposição plasmática com o avanço da idade para o dolutegravir e darunavir. Enquanto, para o raltegravir, não houve influência da idade nos parâmetros farmacocinéticos. Resultados inconclusivos foram encontrados para a etravirina. Nas avaliações inter-estudo, tanto para estes ARVs, como para os demais, resultados inconclusivos foram obtidos. Dessa forma, pode-se afirmar que são necessários mais estudos que investiguem a influência da idade na farmacocinética dos ARVs, principalmente naqueles mais extensivamente utilizados. |