Refratometria ocular por retinoscopia em Poodles fácicos, afácicos e pseudofácicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Jorge, Juliana de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-26082020-153026/
Resumo: Melhoria nas técnicas de avaliação do estado óptico tem desempenhado um papel importante na medicina veterinária, na aquisição de informações para corrigir erros de refração e melhorar a acuidade visual. O objetivo deste estudo foi determinar a ametropia em cães Poodle, submetidos ou não à remoção cirurgia da catarata, machos ou fêmeas, com idades entre 4 e 12 anos, saudáveis e não diabéticos. Trinta cães foram selecionados, totalizando 37 retinoscopias e subdivididos em três grupos: fácico (grupo controle, 16 olhos), afácico (submetido à facoemulsificação sem implante de lente intraocular, 11 olhos) e pseudofácico (submetido à facoemulsificação com implante de lente intraocular de +41 dióptrica, 10 olhos). Todos os animais foram submetidos à retinoscopia, posicionados e contidos por um assistente a uma distância de 66 cm do examinador. O exame foi realizado com um retinoscópio (Welch Allyn®) percorrendo os meridianos horizontais e verticais, acrescentando lentes positivas (barras de lentes de esquiascopia Luneau®) quando o reflexo retinopupilar estava em movimento a “favor” ou negativo quando o reflexo estava em movimento “contra” até atingir a neutralização do reflexo. O ultrassom ocular do modo B foi realizado para medir o comprimento axial em todos os animais. A dioptria esférica foi significativamente maior [mediana (intervalo interquartil)] do grupo afácico [10,5 (10,5; -0,5)] em comparação com o grupo fácico [-1,5 (-1,5; -1,0)] e pseudofácico [-1,0 (-1,5; - 0,5)], P<0,001 e P=0,002, respectivamente. A dioptria cilíndrica foi significativamente diferente no grupo afácico [-2,0 (-3,0; 0)] em comparação com o grupo fácico [0 (0; 0)] e pseudofácico [0 (-0,5; 0)], P=0,002 e P= 0,020, respectivamente. Os valores do eixo no grupo afácico foram diferentes [90 (90; 180)] de fácico [180 (180; 180)], P=0,015, mas não no grupo pseudofácico [180 (157,5; 180)]. O equivalente esférico no grupo afácico [9 (9; 13)] foi diferente do grupo fácico [-1,5 (-1,5; -1,25)] e pseudofácico [-1,13 (-1,5; -0,5)], P<0,001 e P=0,002, respectivamente. Não houve diferença no comprimento axial medido pelo ultrassom ocular (grupo fácico 19,5±0,8, grupo afácico 19,7 ± 1,2 e 19,7 ± 0,6 no grupo pseudofácico, P> 0,05). A retinoscopia com luz de faixa é um método eficaz para avaliar a refração ocular em cães. Astigmatismo foi diagnosticado na maioria dos olhos no grupo afácico. O comprimento axial não influenciou o erro de refração dos animais deste estudo e, no presente estudo, os Poodles avaliados apresentaram alta prevalência de baixa miopia nos olhos fácicos e pseudofácicos e alta hipermetropia nos olhos afácicos.