Riobaldo, Siruiz e o canto das águas: nos versos da canção, o destino (de)cifrado de um baldo narrador-rio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Nilson Joaquim da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-23062017-133221/
Resumo: Para Davi Arrigucci Jr., em O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães Rosa, a canção de Siruiz contém, cifrada em suas palavras enigmáticas, o destino de Riobaldo. O propósito deste estudo é, a partir da análise mitopoética dos versos dessa canção e dos que o próprio protagonista-narrador do Grande sertão: veredas compôs para complementá-la, tentar decifrar o destino individual do herói problemático Riobaldo e os plurais e dialéticos sentidos de sua travessia. Para tanto, embasados na fortuna crítica e no acervo de leituras, depoimentos e cartas de Rosa, buscamos analisar comparativamente o motivo da canção no romance, em algumas das demais obras do autor, e em clássicos como a Teogonia, de Hesíodo, a Vita Nuova e A Divina Comédia, de Dante Alighieri, Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister e o Fausto, de Goethe, a obra inacabada Heinrich von Ofterdingen, de Novalis, além de levantar alusões à Bíblia, à tradição fáustica e à tradição romanesca medieval que, ao que tudo indica, também serviram de inspiração e intertexto para Rosa na gênese e nos desígnios da canção de Siruiz e de seus contextos de representação.