Grande sertão: veredas: diabo, pacto e destino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Atroch, Daniel Cavalcanti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-28022019-182832/
Resumo: O estudo propõe uma leitura do pacto diabólico no Grande sertão: veredas a partir de alguns dos numerosos causos que perpassam a narrativa, cuja constante são as trocas de destino ou conversões existenciais que se dão de forma assimétrica: um indivíduo de caráter ou condição social dominante imputa os reveses de sua sina a um subordinado, a exemplo do mote do dr. Hilário, personagem de um dos referidos causos: Um outro pode ser a gente; mas a gente não pode ser um outro, nem convém... Também é explorada a triangulação entre os personagens Riobaldo, Diadorim e Hermógenes, cujos destinos, apesar de autônomos, são indissociáveis, constituindo projeções fantasmáticas um do outro. O simbolismo do ouro, da prata e do chumbo, inarredável das mulheres que perpassam a vida de Riobaldo, é analisado em perspectiva comparada com Rei Lear, de William Shakespeare, enfocando sobretudo o chumbo, representação do mal, que utiliza o seu portador como escudo levando-o à morte, metáfora da atuação do indivíduo que se protege dos reveses da vida às custas de outro.