A dúvida e o medo como motivadores, guias e impulsionadores da narrativa de Riobaldo em Grande Sertão: Veredas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribeiro, João Israel lattes
Orientador(a): Oliveira, Silvana lattes
Banca de defesa: Prigol, Valdir lattes, Valle, Diego Gomes do, Morais, Eunice lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2972
Resumo: Este trabalho realiza um estudo a respeito da dúvida e do medo na narrativa de Riobaldo, um idoso exchefe de jagunços, personagem principal e narrador no romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. A hipótese desse trabalho é a de que a dúvida e o medo, ao longo de toda a fala de Riobaldo, são guias para a narrativa, pois a consciência de que Riobaldo é tomado pelo medo oriundo da dúvida e pelas dúvidas oriundas do medo, no entrecruzamento destas duas forças se dá o entendimento da narrativa. Além de constituírem um leitmotiv do monólogo-diálogo do jagunço, as dúvidas e os medos experimentados pelo narrador-personagem são o que conduzem seus raciocínios para a problemática do mal, da moral, do destino e da liberdade humana, ou seja, a dúvida e o medo afetam suas percepções e, por conseguinte seu modo de contar e suas escolhas narrativas. Uma segunda hipótese, oriunda da primeira, é de que a dúvida sentida por Riobaldo é também um recurso discursivo de que o narrador se vale para eximir-se de alguma culpa e que o jagunço narrador opta por um estado de suspenção da verdade. Este trabalho faz o percurso destes dois sentimentos-ação e busca descrever os seus efeitos e desdobramentos ao longo da análise.