Melatonina como fator regulador do perfil de ativação de microglias no cerebelo de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Ewerton da Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-16072021-164107/
Resumo: Frente a estímulos com padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) ou dano celular (DAMPs), a síntese noturna de melatonina pela glândula pineal é inibida, enquanto a mesma é ativada em macrófagos e microglias. Esta troca da fonte de síntese de melatonina e os efeitos endócrinos e parácrinos/autócrinos desta indolamina, sugeriu a existência de um Eixo Imuno-Pineal. As microglias, conhecidas como macrófagos do sistema nervoso central (SNC), podem apresentar fenótipos de ativação/polarização pró ou anti-inflamatórios (recuperação/reparo). A modulação destes fenótipos depende da natureza, intensidade e duração do estímulo, podendo ser modulados pelo próprio agente agressor, por quimiocinas, citocinas pró e anti-inflamatórias, e outras moléculas sintetizadas durante a resposta inflamatória. Microglias presentes na cultura primária mista de células da glia do cerebelo de ratos produzem melatonina quando ativadas com lipopolissacarídeo (LPS) da parede celular de bactérias gram-negativas, e o efeito autócrino e parácrino da melatonina leva ao aumento da capacidade fagocítica destas células via receptores de alta afinidade acoplados a proteína G, MT1 e MT2. Em ratos tratados via intracerebroventricular (ICV) com LPS, há uma produção local de melatonina no cerebelo que previne a morte de neurônios e que esse efeito é mediado via receptores, MT1 e MT2. Porém, os mecanismos celulares que medeiam este efeito ainda não são conhecidos. O efeito citotóxico de microglias com perfil pró-inflamatório está diretamente relacionado com a morte de neurônios no processo de neuroinflamação e sabe-se que a melatonina é capaz de regular a polarização destas células, induzindo um fenótipo anti-inflamatório/regulatório. Neste projeto, avaliamos se a melatonina produzida localmente por microglias induzida por LPS, regula o processo de polarização de microglias, de um estado pró-inflamatório para um estado de resolução/recuperação. Observamos que após ativação com LPS, a melatonina produzida por microglias atua de maneira autócrina/parácrina aumentando a capacidade fagocítica das microglias e induzindo um fenótipo de resolução/recuperação.