Tratamento endoscópico versus cirúrgico para adenomas de papila: revisão sistemática e metanálises

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Ernesto Quaresma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-31072017-153717/
Resumo: Objetivos: Avaliar os desfechos da ressecção endoscópica em comparação à cirurgia no tratamento dos adenomas de papila. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As bases de dados Medline, Embase, Cochrane, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scopus and Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) foram escaneadas. Os estudos incluíram pacientes com adenoma de papila e dados de comparação dos tratamentos endoscópico e cirúrgico para os seguintes desfechos: Ressecção primária completa; Sucesso primário; Recorrência; Sucesso final; e Complicações. A análise foi baseada em modelos de efeito randômico e fixo. Resultados: Cinco estudos de coorte retrospectivo foram selecionados, com um total de 465 pacientes. Todos os estudos tinham dados de ressecção primária completa disponível, mostrando uma diferença favorável ao tratamento cirúrgico (Diferença de riscos = -0,22; Intervalo de confiança de 95% = -0,41 a -0,04). Dados de Sucesso primário também foram identificados em todos os cinco estudos. A análise mostrou que a abordagem cirúrgica supera o tratamento endoscópico neste desfecho (DR = -0,13; IC 95% = -0,24 a -0,02). Dados de recorrência foram encontrados em todos os estudos (465 pacientes), com benefício para o tratamento cirúrgico (DR = 0,12; IC 95% = 0,01 a 0,22). Analisando o desfecho de Sucesso final, disponível em todos os estudos, não encontramos diferença entre as duas abordagens terapêuticas (DR = -0,06; IC 95% = -0,15 a 0,04). Três estudos (251 pacientes) apresentaram dados de complicação, e a análise não mostrou diferença entre os tratamentos endoscópico e cirúrgico (DR = -0,15; IC 95% = -0,53 a 0,23), sem a possibilidade de descartar o viés de seleção para este desfecho. Conclusões: Considerando os desfechos de ressecção primária completa, sucesso primário e recorrência na comparação do tratamento cirúrgico com o tratamento endoscópico para adenomas de papila, a abordagem cirúrgica tem resultados significativamente melhores. Com relação ao sucesso final, não houve diferença entre os dois tratamentos. No desfecho das taxas de complicação, esta revisão sistemática não permite uma conclusão confiável devido à presença de alta heterogeneidade e provável viés de publicação nesta comparação