Colangiopancreatografia endoscópica: análise da ocorrência de pancreatite aguda em diferentes modalidades técnicas de cateterização da papila duodenal maior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Artifon, Everson Luiz de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-09102014-104212/
Resumo: Na realização da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada a cateterização da papila duodenal maior é passo fundamental na obtenção do acesso biliar profundo e correlaciona -se com complicações biliopancreáticas das quais a pancreatite aguda pós-CPER é a mais comum. Os objetivos deste trabalho foram: a) comparar o índice de sucesso na canulação seletiva da via biliar com uso do canulótomo e canulótomo com fio guia; b) comparar, entre ambos os grupos, as dosagens séricas de amilase, lipase e proteína C reativa; c) avaliar a incidência de pancreatite nos grupos em estudo. No período de julho de 2002 a outubro de 2003 foram realizadas 341 CPER em três Instituições de nível terciário, destas foram randomizados prospectivamente e de maneira consecutiva 300 pacientes para cateterização papilar com canulótomo (Grupo I) e canulótomo com fio guia (Grupo II). Os procedimentos endoscópicos foram realizados pelo autor nas três Instituições. Procedeu-se a caracterização do perfil técnico-laboratorial e avaliação da incidência de pancreatite através de métodos clínicolaboratoriais e imagenológicos, para ambos os grupos. Todos os pacientes do estudo foram mantidos internados por 24 horas após a CPRE. A cateterização inadvertida do ducto pancreático foi semelhante para os dois grupos (p= 0,161). A fistulopapilotomia foi mais freqüente no grupo I (p= 0,011), porém apresentou significativamente menor incidência de pancreatite aguda no grupo II (p= 0,041). As dosagens séricas de amilase coletadas quatro, 12 e 24 horas após CPER foram significativamente maior no grupo I (p= 0,0087; p= 0,045; p= 0,0474; respectivamente). As dosagens séricas de lipase e proteína C-reativa após a CPER foram similares para ambos os grupos. O tempo de manipulação pancreática apresentou elevação similar nas dosagens séricas de amilase após a CPRE, porém todas as dosagens de lipase coletadas após a CPER foram significativamente maior no grupo I para a categorização de um a cinco minutos (p= 0,025; p= 0,032; p= 0,049). O número de cateterizações pancreáticas categorizadas em uma a cinco vezes apresentou elevação significativamente maior no grupo I, para as amostras de amilase, lipase e proteína C-reativa coletadas quatro, 12 e 24 horas após a CPER (amilase: p=0,006; p= 0,0023; p= 0,0095/lipase: p= 0,13; p= 0,018; p= 0,028 / PC-R: p= 0,005; p= 0,01; p= 0,01). As papilotomias realizadas no grupo II apresentaram significativamente maior elevação das dosagens séricas de amilase coletadas 12 e 24 horas após a CPER (p= 0,033; p= 0,049). As dosagens séricas de lipase e proteína C-reativa apresentaram elevações similares tanto na papilotomia como na fistulopapilotomia. A pancreatite aguda pós-CPER foi significativamente maior no grupo I (p= 0,037). Conclusões: a) O acesso biliar através do cateter com fio guia proporcionou maior índice de sucesso na canulação biliar seletiva; b) No perfil laboratorial estudado a dosagem de amilase se mostrou com diferença significante na comparação entre os grupos estudados. O mesmo não ocorreu nas dosagens de lipase e PC-R; c) O uso do fio guia foi um fator de prevenção na ocorrência da pancreatite aguda pós-CPRE