Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Luedemann, Marta da Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-26032012-145812/
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Resumo: |
O presente trabalho trata da recente reestruturação do complexo automotivo brasileiro, seu reflexo na economia e na organização sindical, bem como da sua relação com as tranformações mundiais, a partir da ascensão do ideário neoliberal no ocidente, da difusão da acumulação flexível e das transformações na organização operária e sindical. No Brasil, as medidas econômicas determinadas pelo FMI, Banco Mundial e OMC e implantadas com rigor pelos governos brasileiros desde 1990, promoveram mudanças intensas na economia, resultando no aprofudamento da recessão, no desemprego, na desnacionalização e em falências. No caso da indústria automobilística, a ausência do governo na determinação da economia permitiu que o poder de decisão das montadoras se concentrasse nos planejamentos estratégicos das respectivas matrizes. Além disso, a abertura de mercado provocou a falência de metade das empresas de autopeças nacionais, a desnacionalização das grandes empresas brasileiras de excelência e mais de 100 mil desempregados em todo o complexo automotivo. Desta forma, as autopeças nacionais vêm perdendo o poder de barganha e se restringindo ao fornecimento de peças e componentes de menor valor agregado, pois as montadoras, reestruturando a cadeia produtiva, estabeleceram contratos com fornecedores de sua região de origem. Por fim, a política do governo de atração de IEDs, promoveu a Guerra Fiscal, com financiamento de bancos nacionais, fazendo com que as montadoras investissem em novas fábricas, desenhando uma nova organização espacial do setor no território brasileiro. A reestruturação produtiva nas fábricas antigas das montadoras incidiu sobre a eliminação de mais de um terço dos postos de trabalho nas montadoras, desde 1990. Por outro lado, a transformação na organização sindical tem sido acompanhada pelo fortalecimento do sindicalismo de resultados, em detrimento dos sindicatos combativos. |