Pode entrar Meryl Streep! A ética da tradução em um romance de Rachid Daif

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Francisco, Felipe Benjamin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8159/tde-13102014-191704/
Resumo: Este estudo consiste numa análise da tradução do romance Tistifil Miril Strib, de Rachid Daif, proposta por nós, do árabe ao português brasileiro. Com base no trabalho de Antoine Berman, A Tradução e a Letra, ou o Albergue do Longínquo, selecionaram-se decisões tradutórias que demonstrassem o nosso esforço em realizar uma tradução que levasse em conta o objetivo ético do traduzir, acolhendo o Estrangeiro que reside no texto original. Com essa finalidade, analisou-se a ação de três tendências deformadoras próprias da tradução da prosa literária, que agem sobre os traços mais característicos desse romance; são elas: 1) o empobrecimento quantitativo; 2) a destruição ou a exotização das redes de linguagens vernaculares; e 3) o apagamento das superposições de línguas. Em seguida, avalia-se até que ponto se consegue evitar essas forças deformadoras que afastam a tradução de seu objetivo ético, uma vez que destroem a letra do texto, isto é, a sua forma, em favor da transmissão do sentido. Conclui-se que, embora o tradutor tenha consciência da atuação dessas tendências durante o processo tradutório, esse não consegue se libertar plenamente delas. No entanto, isso não o impede de encontrar soluções que possibilitem a manifestação das estranhezas e das particularidades do texto original na língua de chegada, obedecendo à ética da tradução